Os chefes de Governo de Espanha e Portugal consideraram nesta quarta-feira que a inclusão do Marrocos "melhora" sua candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo de 2030 e lança uma mensagem de união entre Europa e África.
"Acredito que esta candidatura da Península Ibérica com o Marrocos tem uma carga muito positiva", afirmou o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, em uma entrevista coletiva conjunta com seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, após uma cúpula bilateral em Lanzarote, nas ilhas Canárias.
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"Lança uma mensagem muito importante para todo o mundo e em particular a Europa e África, visto que afirma que somos dois continentes vizinhos, dois continentes que querem trabalhar em conjunto", acrescentou Costa.
Os presidentes da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, e da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, "chegaram a um acordo com Fouzi Lekjaa, presidente da Federação Real Marroquina de Futebol (FRMF) para formalizar a candidatura ao Mundial de 2030", informou nesta quarta a RFEF em um comunicado conjunto com a FPF.
Na terça-feira, o rei Mohammed VI do Marrocos anunciou que seu país se uniu à candidatura de Espanha e Portugal para a organização da Copa de 2030.
"É uma candidatura histórica, já que pela primeira vez seria realizado o Mundial masculino em dois continentes diferentes de maneira conjunta", acrescentou a RFEF, acrescentando que a decisão foi bem recebida por membros da Uefa.
Indefinição sobre a Ucrânia
Espanha e Portugal anunciaram em 5 de junho de 2021 sua candidatura para a Copa de 2030, em um amistoso entre suas seleções no estádio Metropolitano de Madri.
Em outubro de 2022, ambos integraram a Ucrânia, mas segundo a RFEF, sua participação "será concretizada no momento oportuno, devido à situação que vivem tanto o país como o presidente da Associação Ucraniana de Futebol (AUF), Andriy Pavelko, atualmente suspenso de suas funções.
Nos últimos dias, a imprensa espanhola tinha informado que a suspensão de Pavelko por suposta corrupção poderia fazer com que a Ucrânia, atualmente em guerra com a Rússia, poderia ficar fora da candidatura.
A inclusão do Marrocos ao projeto ibérico "coloca a candidatura conjunta de Espanha e Portugal em condições ainda melhores de poder ganhar esta corrida", reiterou o premiê espanhol.
O governo da Espanha já aprovou em dezembro do ano passado um aporte de 7,5 milhões de euros para impulsionar a candidatura.
"É a primeira vez que uma candidatura conjunta é apresentada entre as duas margens do Mediterrâneo, uma candidatura entre África e Europa, que me parece que pode ajudar e unir aquilo que nada pode separar", afirmou Costa.
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