Jornal Correio Braziliense

FUTEBOL INTERNACIONAL

Duelo entre Real Madrid coloca frente a frente dois desejos da CBF

Mentores das duas equipes mais badaladas do planeta bola, os nomes do merengue Carlo Ancelotti e do catalão Xavi Hernández foram ventilados recentemente nos corredores da CBF

Um encontro de gigantes promete agitar o planeta bola nesta quinta-feira (2/3). O duelo entre Real Madrid e Barcelona, às 17h, no Santiago Bernabéu, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Rei, vale o conforto na saga pelo título nacional, mas é interessante por colocar frente a frente dois treinadores cobiçados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O italiano Carlo Ancelotti e o espanhol Xavi Hernández são os mentores de Real Madrid e Barcelona, respectivamente. E o trabalho deles na dupla mais badalada do mundo não fica restrito ao Velho Continente. A experiência, relevância no cenário mundial e repertório tático são aspectos que agradam aos amantes do futebol e personagens nos bastidores da Seleção Brasileira.

Hoje, Ancelotti é o principal sonho do presidente da entidade brasileira, Ednaldo Rodrigues. O trabalho vitorioso com Chelsea, Milan, Real Madrid, Bayern de Munique e Paris Saint-Germain encantam o cartola. Porém, o contrato com a equipe merengue, até 30 de junho de 2024, é um entrave. Esperar pode ser a única solução para ter o veterano de 63 anos.

Feliz no Real Madrid, ainda não deu pistas de se renovará ou não com o time da capital espanhola. Com isso, abre margem para o “sim” à CBF em breve. “Não sei o que vai acontecer no futuro, vivo dia a dia. Estou mais velho e me sinto bem no Real Madrid, ainda temos muitos objetivos para alcançar. Haverá tempo para pensar no meu futuro”, disse ao jornal AS, em dezembro.

Cérebro do tik-taka que conquistou o mundo na última década, Xavi Hernández também esteve em pauta na CBF, mas antes de a bola rolar na Copa do Mundo do Catar. O ex-meia foi procurado pelo então presidente da entidade, Rogério Caboclo, para compor a comissão de Tite durante a peregrinação pelo Oriente Médio.

Xavi demonstrou alegria pelo convite, mas revelou que o sonho, naquele momento, era ser treinador e não auxiliar, sobretudo, na Catalunha. “É verdade que me ofereceram. Primeiro, eu seria auxiliar de Tite, e depois da Copa do Mundo assumiria a Seleção. Mas a minha ideia era vir ao Barcelona”, revelou.

“Seria uma oportunidade incrível. Eu faria história sendo o primeiro europeu a trabalhar na Seleção. Mas eu queria ser o treinador do Barcelona, que era meu sonho, e aqui estou”, disse em novembro.

Enquanto o planeta bola direcionará os olhares para o gramado do Santiago Bernabéu, a CBF observará atentamente as movimentações de Xavi e, sobretudo, de Carlo Ancelotti. Os guias de Barcelona e Real Madrid e sonhos de consumo dos dirigentes brasileiros.