Com passagens frustradas pelos comandos do Lyon e do Corinthians, o técnico Sylvinho iniciará nesta segunda-feira a missão de classificar a Albânia pela segunda vez para a Eurocopa. Em 2016, o país marcado pela guerra civil de 1997 e a vizinhança tensa com ex-repúblicas iugoslavas, principalmente a Sérvia, esteve pela primeira vez entre os 24 candidatos ao título. O país deu azar no sorteio. Caiu no grupo da anfitriã França. Os donos da casa fizeram a melhor campanha do Grupo A. A Suíça passou em segundo e a Albânia ficou em terceiro lugar depois de derrotar a lanterna Romênia por 1 x 0 na última rodada. Foi o único triunfo na competição continental.
Sylvinho tentará repetir o feito de Gianni de Biasi. O italiano classificou e comandou a Romênia na Euro-2016. A presença inédita na Euro até fez a Albânia sonhar com vaga no mínimo para a repescagem das Eliminatórias para a Copa do Mundo em 2018 e em 2022, mas a seleção amargou terceiro lugar no grupo nas duas tentativas atrás de Espanha e Itália e depois superada por Inglaterra e Polônia. A estreia nas Eliminatórias da Euro será justamente contra os poloneses.
A primeira missão de Sylvinho será deter o centroavante Lewandowski. O jogador eleito duas vezes melhor do mundo continua sendo a referência da Polônia. O duelo será nesta segunda-feira, às 15h45 (de Brasília0, em Varsóvia. Liderados por Fernando Santos (ex-Portugal), os donos da casa entrarão em campo sob pressão. Perderam para a República Tcheca na estreia por 3 x 1, em Praga.
Em crise agravada pelo 7 x 1, a escola brasileira não leva um técnico à Eurocopa desde as duas participações consecutivas de Luiz Felipe Scolari no torneio nas edições de 2004 e de 2006. A missão de Sylvinho não é tão complicada. A Albânia concorre com República Tcheca e Ilhas Faroe, Moldávia e Polônia por duas vagas diretas à Euro. É possível entrar via repescagem, mas nesse caso a seleção dependeria do ranking da Uefa para saber se teria direito a uma segunda chance.
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A Albânia aposta em uma fusão curiosa para retornar à Euro. O comando da seleção tem dois brasileiros e um argentino. Sylvinho tem como auxiliares o ex-volante Doriva, campeão paulista pelo Ituano (2014) e carioca com o Vasco (2015) e o ex-lateral-direito Pablo Zabaleta, campeão de quase tudo nos tempos de jogador do Manchester City. Só faltou a Champions League.
A comissão técnica trabalhará hoje pela primeira vez e foi escolhida a dedo pelo presidente da Federação Albanesa de Futebol, Armand Duka. “Apesar de virem do longínquo continente americano, os três jogaram na Europa com grandes times e têm a experiência certa para ajudar nosso time. Alguém me disse que eles jogaram com Deus, mas quem é Deus? Messi. Eles (Sylvinho e Zabaleta) jogaram com Messi e isso mostra que eles têm muito conhecimento".
Chefe da comissão técnica, Sylvinho foi um dos assistentes de Tite na Copa de 2018. No início da carreira-solo, comandou o Lyon em 11 partidas no início da temporada de 2019/2020. Demitido, assumiu o Corinthians em 2021 e passou 43 jogos no cargo.
O contrato tem duração de 18 meses, ou seja, até a Euro-2024. O homem-gol de Sylvinho é Sokol Cikalleshi. O atacante de 32 anos acumula 12 gols em 49 exibições pela seleção. Há jogadores vinculados a clubes de ligas de ponta como o Italiano, o Inglês e o Espanhol. O capitão Etrit Berisha é goleiro do Torino. Os defensores Hysaj (Lazio) e Kumbulla (Roma) também jogam na Itália. O meia camisa 10 Bajrani defende o Sassuolo. Kristjan Asilani representa a Internazionale.
O técnico brasileiro herdou o cargo do italiano Edoardo Reja. A primeira escalação de Sylvinho deve adotar o 4-3-3 como ponto de partida: Berisha; Balliu, Kumbulla, Veseli e Hysaj; Abrashi, Asllani, Bajrami; Asani, Cikalleshi e Uzuni.
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