Confira cinco motivos para o Paranoá ser campeão do Candangão 2023

A Cobra Sucuri volta às semifinais pela primeira vez desde a única participação em uma fase decisiva, em 2005, e deseja lograr título inédito em 2023

Paulo Martins*

postado em 23/03/2023 17:42 / atualizado em 23/03/2023 17:49

(crédito: Filipe Fonseca/Paranoá EC)

O nível e a história deste Candangão 2023 reserva enredos marcantes como o do Paranoá. A formação se classificou em quarto lugar, na rodada final, com uma grande virada para garantir a passagem para as semifinais, estando entre o top 4 de equipes do Distrito Federal pela primeira vez desde 2005. A Cobra Sucuri deseja alcançar sonhos mais altos, como o título inédito da competição.

A reação nas partidas finas da instância inicial dão grande força ao time para a disputa do mata-mata, mesmo sendo o único entre os times com possibilidade de classificação na partida derradeira com saldo negativo, apesar de ter sofrido apenas uma goleada por três gols de diferença. Confira, agora, as cinco razões que fazem o Paranoá sonhar com a taça:

Reação no momento mais difícil

Em mais de uma vez a equipe se fez forte em meio às adversidades. Na primeira, após ter três empates seguidos, conseguiu uma virada contra o Brasiliense, fora de casa, para colocar o Jacaré em crise e voltar a entrar no G-4. Diante do Samambaia, precisou ter energia para mais uma reviravolta após estar em desvantagem por duas vezes em todo o jogo.

Cidade que joga junto

Em casa ou fora, a torcida gosta de ser presente e prestigiar a equipe. Mesmo tendo outro clube na cidade, a Sucuri tem prestígio com a população e tem números interessantes para a realidade local mesmo jogando do outro lado do Lago Paranoá, como nas várias oportunidades em que mandou no Defelê. Para estar mais perto de sua torcida no jogo de ida, contra o Real, será na cidade, com expectativa de bom público no JK.

Experiência e sabedoria nos jogos

Apesar de não ser uma campanha perfeita, é um time que entende suas limitações e que, sobretudo, vende caro as derrotas. Tem uma interessante linearidade no ritmo imposto até onde o limite permite. A exemplo, teve partida bem parelha contra o próprio Real Brasília durante a maior parte do duelo, até o ponto em que os Leões definiram a vitória para si nos instantes decisivos do jogo.

Resposta rápida às quedas

Nem mesmo a derrota contra os rivais da semi ou a sequência de empates abateu a equipe que, antes desta sequência, teve seu pior revés no Candangão, ao cair por 3 x 0 frente ao Ceilândia. A pronta reação se fez nas expressivas viradas contra Brasiliense e Samambaia que, aliada às duas vitórias nas primeiras partidas do certame, contribuíram com a passagem às semis.

Nível técnico para jogar o Candangão

O ritmo é justificado pela qualidade de jovens jogadores como Vitor Junior e Willian Junior, dupla de meio-campistas que atuam com interessante simbiose dentro das quatro linhas. Este fator é alinhado à experiência e calma para os momentos mais tensos, contando com a dupla de zaga de Dedé e Pedro Medeiros para colocar os ânimos no lugar desde a saída de bola.

Como joga?

O técnico Luiz Carlos gosta de uma equipe sólida, sobretudo no meio-campo. Tem potencial de criação intenso e gosta de estar no terreno adversário, sendo massivo pelo centro e contando com boa rodagem da bola e suporte nas laterais pelo ataque. Em um 4-5-1, a Sucuri costuma formar com Matheus Damasceno; Douglas Rato, Dedé, Pedro Medeiros e Vandinho; João Carlos, André, Vitor Junior, Filipe Werley e Willian Junior; Daniel Guerreiro no ataque.

O caminho até a classificação

Campanha: quatro vitórias, três empates e duas derrotas

Posição: Quarto, com 15 pontos

Santa Maria 1 x 2 Paranoá
Paranoá 2 x 1 Brasília
Ceilândia 3 x 0 Paranoá
Paranoá 1 x 1 Gama
Capital 1 x 1 Paranoá
Paranoá 2 x 2 Taguatinga
Brasiliense 1 x 2 Paranoá
Paranoá 1 x 3 Real Brasília
Samambaia 2 x 3 Paranoá

Agenda

Sábado (25/3)

Paranoá x Real Brasília

Sábado (1º/4)

Real Brasília x Paranoá

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima