Definidas no último fim de semana, as semifinais do Campeonato Candango deram a três times a possibilidade de um título inédito. Porém, para dois deles, uma eventual conquista local tem tudo para ser ainda mais especial. Campeões do feminino em épocas passadas, Real Brasília e Capital podem entrar seleto hall de clubes que conseguiram levantar as taças nos dois naipes. Para isso, entretanto, precisam garantir o troféu do masculino em 2023.
Disputado desde 1997, o Candangão Feminino sagrou 11 clubes diferentes como campeões. Alguns deles, como o Minas Brasília e o Cresspom, tem o futebol voltado somente para as mulheres. Porém, outros mantém, ou mantinham, times masculinos de forma simultânea e conseguiram a façanha de colocar na galeria de conquistas os troféus dos dois naipes. Ao todo, três tiveram sucesso na empreitada: Luziânia, Flamengo Tiradentes e CFZ.
Segundo maior campeão entre as mulheres, com quatro conquistas, o CFZ entrou na história de forma ainda mais absoluta ao ser o único a unificar os torneios na mesma temporada. Em 2001, o Galinho de Brasília comemorou as duas taças. O Luziânia ganhou, inclusive, levou a taça no feminino antes mesmo de ser campeão com os homens: 2006 e 2014. O Flamengo Tiradentes fez o caminho inverso. Levou o Candangão masculino em 1988. Em 1997, juntou os troféus.
Se tiver êxito na empreitada, o Real Brasília também vai criar uma espécie de hegemonia no futebol candango. O time aurianil é o atual tetracampeão local no futebol feminino e, inclusive, representa o Distrito Federal na elite do Campeonato Brasileiro da modalidade. Caso levante a taça masculina, o clube pode repetir o feito do CFZ de unificar as taças. A competição feminina desta temporada está prevista para acontecer no segundo semestre.
Sob outra gestão, o Capital foi campeão do futebol feminino da capital federal em 2013. Dez anos depois, pode colocar na galeria a taça do masculino. O Coruja, inclusive, está em processo de retomada do departamento das mulheres. No ano passado, o clube disputou o Campeonato Candango, ficou em quarto lugar e garantiu o direito de representar a cidade na Série A3 do Campeonato Brasileiro. O torneio nacional tem início previsto para 14 de abril.
Por pouco, o Paranoá não foi outro clube com a possibilidade de ganhar os Campeonatos Candangos dos dois naipes. Na semifinal deste ano, a Cobra Sucuri chegou na final feminina, em 2004, mas amargou o vice-campeonato. O Gama e o Ceilândia viveram a mesma situação. Maior dono de taças no Distrito Federal, com 13, o alviverde perdeu entre as mulheres em 1999. Bicampeão local masculino, o Gato Preto perdeu três oportunidades: 1997, 2015 e 2017.
Campeões candangos masculino e feminino
- CFZ (2000, 2001, 2002 e 2023 entre as mulheres e 2002 com os homens)
- Luziânia (2006 com as mulheres e 2014 e 2016 entre os homens)
- Flamengo Tiradentes (1988 entre os homens e 1997 com as mulheres)
Quem pode igualar o feito
- Real Brasília (campeão feminino em 2019, 2020, 2021 e 2022)
- Capital (campeão feminino em 2013)
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.