Não foi de paraquedas a entrada de Felipe Drugovich no carro da Aston Martin, no primeiro dia de treinos da pré-temporada da Fórmula 1, em 2023, realizado nesta quinta-feira (23/2), no Circuito de Sakhir, no Bahrein. O paranaense finalizou a sessão no 14º lugar, a 1,7 segundo do ponteiro Max Verstappen, da Red Bull, com tempo de 1:32.837.
O problema para o brasileiro, entretanto, foi seu tempo em pista. O reserva da construtora inglesa teve tempo para apenas marcar 40 voltas em um dos carros. Na primeira saída, em dez minutos, o campeão da Fórmula 2 parou perto da curva 4 do circuito e saiu do carro, causando uma bandeira vermelha. Logo, conseguiu voltar ao traçado para ser o piloto com menos tentativas lançadas, ao lado de Lando Norris, que também passou por problemas.
O saldo foi desequilibrado na equipe, com Felipe sendo o mais lento entre os competidores de motor Mercedes, incluindo as Flechas Negras, a McLaren e a Williams. O titular Fernando Alonso, em contrapartida, foi o vice-líder do dia, entrando já pela manhã no Oriente Médio e tendo recorde em 29 centésimos de segundo atrás do holandês bicampeão mundial.
Sem uma atualização precisa sobre o estado do lesionado canadense Lance Stroll, há claras chances de Drugovich estrear em um grande prêmio, sendo a primeira aparição brasileira desde Pietro Fittipaldi, em 2020. Caso o segundo piloto não se recupere a tempo, o atleta nascido em Maringá estreia no Grande Prêmio do Bahrein, entre os dias 3 e 5 de março.
A Ferrari deu sequência no pelotão dianteiro, com Carlos Sainz e Charles Leclerc na segunda fila. A incógnita ficou na cliente estadunidense Haas, dona da lanterna com Kevin Magnussen e com um 11º lugar para o reestreante Nico Hulkenberg: com isso, basta saber se o peso dos novos patrocinadores estará para quando a temporada valer de verdade.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima