A defesa do jogador Daniel Alves está enfrentando oposição ao recurso pedindo a liberdade provisória do jogador. A acusação tem usado até mesmo o caso do jogador Robinho como justificativa para manter o futebolista preso. Detido desde o mês passado, após acusação de estupro, o lateral-direito permanece com a situação complicada em solo espanhol.
Segundo informações do portal UOL, os advogados de acusação utilizaram o caso Robinho e citaram o fato de que o ex-atacante foi condenado em três instâncias na Itália, mas ainda viver livremente no Brasil.
A acusação teme que Daniel Alves possa viajar para o Brasil e não seja extraditado caso seja condenado. A possibilidade de fuga foi apontada como um dos motivos para mantê-lo em prisão provisória desde 20 de janeiro. A oposição também afirma que existem provas científicas que comprovam a versão da vítima de que houve um estupro na noite de 30 de dezembro de 2022 na discoteca Sutton em Barcelona.
O advogado criminalista Cristóbal Martellm apresentou um documento pela defesa do jogador, o recurso foi enviado ao Tribunal Provincial de Barcelona. No documento consta que a defesa propõe a adoção de medidas cautelares para garantir que o atleta não deixará o país.
As medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, a entrega dos passaportes brasileiro e espanhol, e o compromisso de assinar um termo de presença diária em uma delegacia ou juizado. Também afirma que o jogador está disposto a aceitar uma ordem de restrição relacionada à denunciante, desde que ele possa responder ao processo em liberdade.
Caso Robinho
O jogador de futebol Robinho foi sentenciado a nove anos de prisão na Itália, considerado culpado no caso do estupro coletivo de uma mulher em uma boate local. A Itália já solicitou a homologação da sentença para que ele possa cumprir a pena no Brasil, mas o processo é complexo e demorado.
Robinho já se encontrava no Brasil no momento da sua condenação. No entanto, de acordo com a Constituição Federal do Brasil, o país não extradita seus cidadãos. O jogador também não pode cumprir a sua pena no Brasil, já que a legislação brasileira não permite acordos de cumprimento de pena quando o processo investigativo ocorre fora do país. Assim, o jogador só será preso caso viaje para um país que tenha um acordo de extradição firmado com a Itália.
*Estagiária sob supervisão de Thays Martins
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