Deflagrada na última terça-feira (14/2), a Operação Penalidade Máxima investiga casos de fraudes envolvendo quatro jogadores na última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. Com o objetivo de alcançar grandes vitórias em casas de apostas, os atletas teriam influência direta na tentativa, em uma combinação de, pelo menos, três pênaltis marcados ao primeiro tempo nos compromissos da 38ª rodada da Segunda Divisão.
Em São Luís, o Sampaio Corrêa teve pênalti contrário antes do intervalo contra o Londrina. O mesmo ocorreu em Santa Cataria, no confronto entre Criciúma e Tombense. Mateusinho e Joseph, lateral do time maranhense e zagueiro dos mineiros, respectivamente, cometeram as faltas. Para o êxito na combinação ilícita, deveria haver um penal a favor do Sport em Goiânia, diante do Vila Nova. Porém nem Romário nem Gabriel Domingos cometeram pênalti. Os atletas citados são investigados e são alvos da operação.
O ato da justiça tem atividade em Goiânia, Cuiabá, São Paulo, São Bernardo do Campo/SP, São João del Rei/MG e Porciúncula/RJ. Os ganhos previstos para cada atleta, de acordo com a promotoria do caso, rondariam em R$ 150 mil. Destes, R$ 10 mil foram pagos antecipadamente aos defensores, sendo cobrado o valor contra Romário, que não foi relacionado pelo time vilanovense. O prejuízo estimado dos apostadores é de dois milhões de reais.
A prática em questão podem penalizar os envolvidos de acordo com o Artigo 288 do Código Penal, com os artigos 41-C e 41-D do Estatuto do Torcedor e no Artigo 1º da Lei 9.613/1998. O único jogador que frustrou a aposta está sem contrato após uma passagem curta pelo Goiânia na atual edição do Campeonato Goiano. O Cuiabá, atual clube de Mateusinho, informou a tomada de medidas após a apuração, diferentemente do Tombense, que afastou Joseph. O Vila Nova ainda não se posicionou sobre Gabriel Domingos, defendendo o jogador enquanto não se prove seu envolvimento na ocasião.
*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz
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