O boxeador Esquiva Falcão vive grande expectativa para a decisão do título mundial dos pesos médios, categoria para lutadores com até 72,6kg, contra Michael Zerafa. O embate está previsto para ocorrer entre o fim de março e o começo de abril. O local ainda está indefinido, mas existe a possibilidade de ser no Brasil ou na Austrália, países dos lutadores. Apontada como terreno neutro, Las Vegas, nos Estados Unidos, é alternativa. Atravessando momento familiar especial, o brasileiro promete levar, além do talento, uma energia especial da torcida para o ringue.
Enquanto se prepara para a luta diante do australiano, Esquiva vive uma expectativa bastante especial. A esposa do atleta, Suelen, está grávida do terceiro filho da família. A pequenina Lívia logo acompanhará os irmãos Juan e Luísa, além dos pais e dos torcedores, como o próprio pai de terceira viagem conta, nas arquibancadas do mundo inteiro. O fato virou combustível e fonte de energia extra para o brasileiro batalhar por mais uma importante conquista nos ringues. Em 2012, por exemplo, ele ganhou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres.
"Isso só me dá força e energia para ir lá, lutar, trazer o cinturão para casa e colocá-lo ao lado deles. Porque essa vitória não é só minha, mas da minha família. Então, eu estou indo para essa luta como se fosse a última da minha carreira. Pode ter certeza que vou trazer o cinturão e que não vai ser só do Esquiva Falcão, mas deles, do povo capixaba e do povo brasileiro que sempre me apoiam com torcida. Vou lutar com uma nação que não desiste", declarou, em entrevista ao Correio.
Em meio a isso, Esquiva Falcão teve uma surpresa em meio à preparação para a luta. Inicialmente, ele iria subir ao ringue contra o cazaque Gennady Golovkin, o GGG. Porém, o rival abriu mão da disputa. Com isso, o australiano herdou a vaga por estar em segundo lugar no ranking da Federação Internacional de Boxe (IBF). No aquecimento para o compromisso mais importante da temporada, ele precisou reavaliar as estratégias.
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O novo oponente trouxe uma mudança nas primeiras instâncias de preparo, mas sem alterar a confiança de Esquiva. Nos próximos dias, ele irá aos Estados Unidos para aprimorar a forma com as luvas. "Vou mudar minha estratégia toda. Ainda não fiz porque, até o momento, eu estou treinando apenas físico. Então, estou 100%. O técnico será quando eu estiver nos Estados Unidos. Vamos trabalhar em cima do jogo e do erro dele, para poder aplicar o melhor ataque e ganhar a luta. Quero ir com 100% de preparo, pronto para a vitória. Nocautear para não deixar nas mãos dos árbitros", espera o pugilista brasileiro.
Invicto na carreira, com 30 vitórias, sendo 20 delas por nocaute. Embora o estilo agressivo seja a marca registrada, o capixaba de Vitória entende que a adaptação ao adversário, dono de um cartel de 30 triunfos e quatro derrotas, é de extrema importância. "Vinha há um tempo assistindo às lutas dele. Vi que ele é forte, experiente, com mais de 30 lutas. Vejo que é o sonho dele, mas teve várias oportunidades e não conseguiu. Não vai ser dessa vez, claro", ressaltou, confiante.
Um fator inalterado no passo a passo do atleta nascido no Espírito Santo será a manutenção do peso, com a necessidade de perder seis quilos até a pesagem. "Isso não é uma preocupação, porque ainda faltam alguns meses para a luta e essa questão do peso vou tirar nos Estados Unidos. Quando faço isso faltando muito tempo para a luta, não consigo recuperar o peso bom para lutar. Agora, só me concentro um pouco mais, parar de ficar comendo 'besteiras'. Comecei a cortar isso e a tomar mais água para me acostumar e ficar mais fácil de perder peso por lá", detalhou Esquiva.
Vencedor nos ringues, Falcão encara um desafio extra antes da batalha decisiva: os patrocinadores. Apesar de contar com três apoiadores nacionais, o lutador busca por mais incentivos. "É uma questão geral do esporte, assim como em outras modalidades. O patrocínio incentiva o atleta, dá força para conquistar e realizar o sonho dele. Com isso, há a crença e o investimento no sonho, não apenas patrocínio. Aconselho isso a todas as empresas que acreditam, para patrocinarem", diz o potencial campeão do mundo.
*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz
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