Fórmula 1

Fórmula 1: Red Bull trocará Honda por Ford a partir de 2026; entenda

Montadora estadunidense regressa à Fórmula 1 depois de duas décadas. Parceria com antecessores da equipe austríaca aconteceu na virada dos séculos XX e XXI

Paulo Martins*
postado em 03/02/2023 14:28
 (crédito: Divulgação/Red Bull)
(crédito: Divulgação/Red Bull)

A Red Bull anunciou nesta sexta-feira (3/2) seu carro para a temporada 2023 da Fórmula 1. Além disso, a escuderia austríaca confirmou os boatos da união com a Ford para 2026, confirmando a breve saída da Honda na categoria. A união com uma concessionária de motores alheia à categoria será a segunda para a meta em questão, além da junção da Sauber com a Audi, substituindo a Alfa Romeo.

Bicampeões no Mundial de Pilotos com o holandês Max Verstappen e vencedores da última disputa entre os construtores, rompendo a hegemonia de oito anos da Mercedes, realizou o anúncio em meio a uma fase alta na relação com a montadora japonesa. A saída dos orientais seria ao fim de 2021, mas um novo acordo fez os asiáticos campeões no composto taurino e, agora, permanecem por três anos mais, até a chegada dos americanos.

O evento de apresentação do novo monoposto também teve a confirmação da formação de pilotos. Além do atual campeão, o mexicano Sérgio Pérez teve o vínculo renovado no ano passado e vive sua penúltima temporada na formação comandada por Christian Horner, de acordo com o atual contrato. Também foi confirmada a volta do australiano Daniel Ricciardo, mas na condição de piloto de testes. Esta é sua segunda passagem por Spielberg, sucedendo o ciclo entre 2014 e 2018 e as passagens por Renault e McLaren, respectivamente.

Troca ameaça a supremacia?

Obviamente se trata de uma questão respondida apenas nas pistas. Porém, em caso de entrega similar de potência em relação ao entregue pela Honda, a capacidade da Red Bull se manteria a mesma. O fator peso não tende a ser problemas, uma vez que os motores dos americanos se mostraram tradicionalmente pesados. O composto campeão do mundo também é o de maior soma em quilogramas na Fórmula 1.

Vale ressaltar que a Ford não possui a mesma tradição de outras montadoras como Ferrari, Renault e mesmo a própria Honda. Apesar disso, entre os anos 1990 e 2000 algumas construtoras utilizaram os pistões norte-americanos para chamar a atenção no meio do grid. Foram exemplos de clientes as equipes Lótus, Ligier, Tyrrell, Simtek, Stewart, Jordan e Sauber. Estas três últimas foram antecessoras das operações da própria Red Bull e da atual Alpha Tauri através dos suíços, futuros aliados da Audi, respectivamente.

E o novo carro?

As tendências sobre o peso para a nova temporada são uma incógnita, faltando mais da metade do grid por apresentar seus veículos. Observando a primeira face do RB 18, nome oficial do touro de rodas para este ano, pode-se perceber um modelo mais esguio e com espaço a priorizar a aerodinâmica, com uma tendência a maior linearidade na passagem do ar. O downforce (proximidade magnética do carro com o solo) deve ser a maior incógnita com um assoalho menor em relação a 2022.

Os carros taurinos geralmente são alinhados para favorecer o estilo de pilotagem do atual bicampeão do mundo. Verstappen, além de técnico e preciso dentro do cockpit, terá um carro claramente capaz na luta pelo tri. Nas imagens, a expectativa é de 2023 ser um momento decisivo para Sergio Pérez em um composto desafiante, sobretudo após a perda do vice-campeonato de pilotos para o ferrarista Charles Leclerc.

*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz

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