Um clássico é designado por momentos históricos e pelas rixas futebolísticas criadas ao longo dos anos. Designado como Clássico da Saudade, Palmeiras e Santos viveram momentos históricos em duelos internos, geralmente relembrados a cada edição, como a de hoje, às 18h30. Entretanto, a realidade atual em nada favorece ao Alvinegro Praiano, sobretudo quando o adversário é o alviverde paulistano.
O Peixe está a quatro jogos sem vencer, com uma derrota e três empates, tendo pela frente seu primeiro jogo contra uma equipe da elite nacional. A maior seca da formação santista é em relação ao Palestra, com uma sequência de dez jogos sem vencer os adversários do bairro da Barra Funda. Desde os 2 x 0 no returno do Brasileirão de 2019 se passaram três anos, três meses e 26 dias.
Neste meio tempo, além da dolorosa queda na final da Libertadores de 2020, a realidade no clube da Vila Belmiro é distinta da habitual, tratando-se do âmbito local. Há dois anos, o Santos não ingressa sequer às quartas de final no Campeonato Paulista, tendo como briga a manutenção na primeira categoria do estado.
O começo positivo contra o Mirassol logo caiu contra o Guarani e deixou a torcida impaciente pela incapacidade de superar o São Bernardo, o Água Santa e a Ferroviária. Após este último, torcedores organizados invadiram o CT Rei Pelé cobrando por mudanças e exigindo a ciência do planejamento devido à má fase.
O volante Dodi acredita na confiança como chave para encarar o duelo com caráter de igualdade. “Tem que esquecer o que passou nas últimas temporadas. É um clássico, então nada melhor do que voltar confiante. Estamos trabalhando ao máximo e focando no jogo. A pressão tem, pela grandeza do clube, que sempre brigou por títulos. Eu entendo. Mas temos que botar em prática”, afirma.
Palestra sorri à toa
Líder da classificação geral e único invicto do Paulistão, quem outrora viveu ares de pressão pela falta de reforços, hoje passa por dias mais tranquilos e alegres. Com os reservas se encontrando dentro da competição e ajustados por Abel Ferreira, o alviverde tem os titulares conservados para o segundo clássico do ano, após a conquista da Supercopa do Brasil.
Apesar do excelente momento, a cautela em confrontos desta natureza deve ser tomada, como descreve o atacante Giovani, decisivo no triunfo por 2 x 0 contra o Mirassol, na última quarta-feira (1º/2). “O Santos é um time muito grande e que precisa ter total respeito. Temos de entrar ligados porque tem ótimos jogadores do outro lado também que em qualquer momento podem decidir a partida. Será uma partida complicada e vamos fazer o nosso melhor para buscar mais três pontos”, destaca.
Entretanto, tratando-se de tabus, os palmeirenses têm mais um motivo para crer na sequência positiva contra os rivais do litoral. Como mandante, o Palmeiras leva mais de cinco anos sem perder para o Peixe: a última vez ocorreu no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2017, no Allianz Parque, com gol solitário de Ricardo Oliveira.
Se bem a casa alviverde não será utilizada por um outro evento concomitante no estádio, um acordo com os rivais da Zona Oeste da cidade permite ao São Paulo um mando de campo no bairro de Perdizes. Ainda não decidido em qual jogo mandar, os tricolores têm direito de usar o terreno rival apenas no Campeonato Paulista, incluindo a opção de receber um compromisso no mata-mata.
A expectativa é de casa cheia no Cícero Pompeu de Toledo, sobretudo pela redução no preço habitual dos ingressos, com o bilhete mais caro comercializado a R$ 200. A partida terá transmissão do Premiere.
*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.