Jornal Correio Braziliense

NFL

Giants calam e barram Vikings em Minnesota e superam o Wild Card da NFL

Time de Nova York manteve defesa rival sob controle para ser o primeiro visitante a vencer nesta primeira fase dos playoffs

O sangue frio para jogar os playoffs da National Football League (NFL) exigm controle emocional e mental durante seus duelos. Esta foi uma das chaves pelas quais o New York Giants se fez o primeiro vencedor visitante da rodada de Wild Card da temporada presente, ao superar o Minnesota Vikings por 31 x 24, neste domingo (15/01)

A classificação garante somente a vaga nas semifinais da Conferência Nacional, com o rival definido de acordo com a decisão restante entre o Tampa Bay Buccaneers e o Dallas Cowboys, a ser realizado nesta segunda-feira (16/01). Caso avance a franquia da Flórida, os nova-yorkinos visitam o San Francisco 49ers na semana que vem, do contrário, o confronto como visitante será frente ao Philadelphia Eagles.

1º Quarto: Velocidade sobreposta à tranquilidade

A cadência era a ordem dos mandantes na fria cidade de Minneapolis. Alternando corridas e passes curtos e médios, metade do período foi gasto na campanha de inauguração do placar, com o quarterback Kirk Cousins entrando na endzone pelo chão. 7 x 0 Minnesota depois do ponto extra. A tendência do lado nova-yorkino foi a mesma, tendo resposta mais rápida, com pouco mais de três minutos. Desta vez, com autoria de corrida do experiente corredor Saquon Barkley: 28 jardas para o touchdown, combinadas a outras 22 na campanha de seu lançador, Daniel Jones, e o empate do jogo, com a unidade extra.

Os Gigantes recuperaram a posse da bola após erro dos locais em terceira descida. A ação rápida fez com que a chegada na jarda final fosse relâmpago, com dois minutos. Darius Slayton recebeu passe de 47 jardas, Barkley correu outras 16 e Isaiah Hodgins recebeu no fim do campo para a virada: 14 x 7 após o chute extra.


2º Quarto: Inteligência estratégica

A cobertura defensiva dos visitantes perto da linha de scrimmage (onde se inicia cada jogada) complicava a ofensiva dos Nórdicos, cedendo pouco campo em quaisquer meios. Dono da bola pela dificuldade rival, Nova York utilizou da vantagem no placar para reduzir as marchas mas produzir com qualidade para queimar tempo e chegar gradativamente ao fim do território. Foram quase 11 minutos que apenas não resultaram em um touchdown pela resiliência defensiva dos Vikings diante de seu fim de campo, reduzindo o prejuízo ao field goal de Graham Gano para o 17 x 7.

A reação pré-intervalo dos mandantes se deu, principalmente, por meio de duas conexões de Cousins para DJ Hockenson, pelo meio do gramado, somadas para 55 jardas. Em seguida, KJ Osborn recebeu passe com liberdade no fundo do campo para o touchdown, diminuindo o prejuízo para três pontos: 17 x 14, após o ponto extra.


3º Quarto: Luta ferrenha na secundária

Mesmo debaixo de vaias, os visitantes aproveitaram pelo jogo aéreo a primeira posse o segundo tempo, com exemplos de big plays (jogadas grandes) com Saquon Barkley e Isaiah Hodgins, ajudando Daniel Jones a achar o xará Bellinger na endzone para dar o 24 x 14 após o ponto extra.

Não havia pressão por jogar fora de casa. Portanto, cabia aos mandantes responderem à altura exigida pelo jogo. Após uma interceptação cancelada, Minnesota reviveu na campanha através do jogo aéreo com Hockenson (alvo preferido, com 96 jardas em 45 minutos) e Adam Thielen para Cousins chegar nas jardas finais e encontrar Irv Smith, encostando no placar. 24 x 21 após o chute extra. Com momento positivo, na metade do período os mandantes forçaram o uso do punt dos rivais, que até então converteram todas suas posses em pontos.


4º Quarto: A fúria de Odin

A tentativa dos Vikings de retomar a ponta foi frustrada por uma falta na linha. Após converter uma quarta descida na campanha, Kirk Cousins se viu novamente nesta ocasião, saltou para conseguir a renovação, mas uma saída falsa de um dos companheiros fez retroceder a linha de scrimmage e os locais tiveram de se contentar com o empate em 24 unidades, no field goal do kicker Greg Joseph.

Em ritmo similar ao primeiro quarto, o jogo misto trouxe dinâmica para os Giants. Em cinco minutos, a barreira defensiva foi rompida à medida em que se fazia mais severa, avançando no campo. Sem surpresas, Barkley passou a linha de gol para subir o marcador a 31 x 24 após o tento extra. Apertados pela defesa rival no próprio campo enquanto tentava apressar a campanha desde seu campo, os mandantes foram forçados ao punt com pouco mais de seis minutos no relógio.

Abusando do jogo corrido, incluindo uma conversão de quarta descida antes do “two minute warning” (tempo técnico obrigatório a dois minutos do fim de cada tempo), a queima do relógio pautou a dinâmica de nível do ataque visitante. Daniel Jones apenas não contava com a falta do domínio de Slayton no único passe da campanha, tendo de devolver a bola com exatos três minutos.

Uma desgraça tipicamente oferecida pelo deus nórdico Odin recaiu sobre os locais no passe completo, mas insuficiente, para Hockenson, em uma quarta descida para oito jardas. Com um minuto e 45 segundos, Nova York elimina uma das sensações da temporada em sua casa.

*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz