Edson Arantes do Nascimento não foi do Brasil. Ele é. E seguirá sendo. Afinal, nem mesmo a morte, ontem, aos 82 anos, em São Paulo, conseguirá apagar os feitos e as memórias. De norte a sul do país, o Rei do Futebol está eternizado em nomes de ruas, avenida e museus.
A nação pentacampeã estará sempre rendida à Majestade das quatro linhas. Segundo levantamento do Correio, oito ruas brasileiras são batizadas com o nome do maior craque que os olhos viram e os ouvidos já ouviram. Uma delas muito especial para Pelé. No centro de Três Corações, em Minas Gerais, Edson Arantes do Nascimento indica os caminhos de uma cidade movida pelo amor ao Rei do Futebol.
As homenagens ainda em vida ao eterno camisa 10 do Santos e da Seleção Brasileira também foram feitas nos municípios paulistas de Campinas, Iguapé, São José do Rio Preto, o carioca Cabo Frio, o maranhense São José de Ribamar, o pernambucano Caruaru e o mato-grossense Apiacás. Em Botuporã (BA), de aproximadamente 11 mil habitantes, uma avenida se destaca: a Edson Arantes do Nascimento, ligação importante da cidade baiana. Pode parecer pouco, mas não é. Afinal, a legislação da maioria dos municípios brasileiros não permite batizar ruas, avenidas, pontes e viadutos com nome de pessoas vivas.
Porém, Pelé é Pelé. Foi muito mais que um jogador. Tornou-se referência esportiva que atravessou gerações. As homenagens ao ídolo máximo do esporte brasileiro não estão restritas aos logradouros. Gênio que foi, Edson merecia um estádio para chamar de seu. Quatro meses após o tricampeonato mundial da Seleção Brasileira, em 1970, no México, o Governo do Estado de Alagoas inaugurou a principal praça esportiva sob o batismo de Rei Pelé. Naquele 25 de outubro, mais de 45 mil pessoas testemunharam a goleada do Santos por 5 x 0 sobre a seleção alagoana. Pelé não marcou, mas a sua presença bastou. A trajetória pediu para que o Rei tivesse museus que contassem a história dele. Em Três Corações, a “Casa Pelé”, uma réplica da residência na qual morou no início da vida, foi erguida a partir das memórias de Dona Celeste Arantes do Nascimento e Jorge Arantes, mãe e tio. Com a partida do craque, a movimentação turística no interior mineiro certamente aumentará.