COPA DO MUNDO

Luis Enrique assume culpa e se esquiva sobre futuro na Espanha

Eliminado nos pênaltis na Eurocopa-2020 e agora no Mundial, técnico da Espanha diz que escolheu os três primeiros batedores e diz que ainda não falou do futuro com a federação

Doha — Campeão da Champions League em 2015 contra a Juventus liderando um dos mais badalados ataques do mundo, o trio MSN formado por Messi, Suárez e Neymar, o técnico Luis Enrique amargou nesta terça-feira, no Estádio da Educação, a maior derrota na profissão ao empatar por 0 x 0 com Marrocos no tempo regulamentar e na prorrogação e perder por 3 x 0 nos pênaltis com todos os jogadores desperdiçando as cobranças. Inclusive Sarabia, que havia entrado em campo no fim do tempo extra por ser eficiente nas cobranças.

Luis Enrique provocou inquietações na imprensa espanhola ao não saber o nome do camisa 8 de Marrocos, pelo qual se disse encantado. O jogador Azzedini Ounahi. Joga no Angers da França. A maioria achou absurdo o técnico da Espanha não citar o jogador pelo nome. “Fiquei surpreso com o camisa 8. Não sei como se chama. Como correu. Ele deve estar exausto”.

Perplexo e embaraçado nas respostas, Luis Enrique foi do sucesso na Eurocopa ao levar um elenco jovem à semifinal e perder nos pênaltis para a Itália ao fracasso na Copa do Mundo, quando La Roja era apontada como uma das favoritas ao título.

O treinador evitou falar sobre o futuro na seleção ou fora dela. “Não posso dizer porque ninguém da federação conversou comigo sobre isso. Não é momento de falar sobre isso. Tenho que tomar a melhor decisão para mim e para a minha seleção”, despistou.

Sobre o festival de erros nas cobranças, Luis Enrique isentou os jogadores de culpa. “Eu escolhi os três primeiros cobradores. A ordem das outras cobranças foi dos jogadores. Bono (goleiro de Marrocos) é pegador de pênalti e foi absoluto”, assumiu com o semblante abatido.

Questionado sobre a entrada de Sarabia no fim da prorrogação por ser um dos melhores batedores de pênalti da Espanha, Luis Enrique admitiu o erro de não tê-lo colocado em campo antes, não de vê desperdiçar uma das cobranças. “Quando ele entrou em campo, nós tivemos duas oportunidades para marcar. Admito que ele precisava de mais minutos”.

Ele também admitiu que a pressão da torcida marroquina, em ampla maioria na arena, pesou nas cobranças de pênalti. “O ambiente estava muito bonito, positivo. Os torcedores ajudaram o goleiro (Bono). Ele tem muita qualidade e por isso foi eleito o melhor do jogo”, elogiou.