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Após sufoco na estreia, Argentina chega com moral nas oitavas de final

Oxigenada por show no fim da fase de grupos, Argentina encara a surpreendente Austrália

Com ajuda divina, como a de Diego Armando Maradona, ou com auxílio extraterrestre, como o de Lionel Messi, a Argentina superou o Grupo C da Copa do Mundo Qatar-2022 com sofrimento no início e ápice no final. Vendo a competição a partir de outra ótica depois de passar perrengue e se reerguer, os hermanos vão, hoje, ao Estádio Ahmad Bin Ali, em Al-Rayyan, para enfrentar a Austrália, pelas oitavas de final, a partir das 16h.

Em meio à imprevisibilidade deste Mundial, os argentinos foram um dos favoritos sobreviventes à primeira etapa do campeonato, com a queda de seleções badaladas como Bélgica, Alemanha e Dinamarca — derrotada pelos australianos. Ao tropeçar, mas não cair, os sul-americanos passaram na ponta de seu grupo e, agora, se encontram em um caminho condutor ao superclássico das Américas: caso avancem até as semifinais, argentinos e brasileiros podem definir o primeiro finalista do certame.

Com a cabeça na primeira parte da eliminatória, em meio a tantas zebras e improbabilidades, o técnico Lionel Scaloni falou em tom cuidadoso para enfrentar os Cangurus, uma das surpresas no mata-mata da edição do Catar. "Se esse rival é inferior, temos que ver como faremos. É um bom time. Isso é futebol, são 11 contra 11. Então, temos que deixar de lado todo o favoritismo teórico e jogar. Eles têm bons jogadores, jogam bem pelo lado direito, contam com bons atacantes, meias com experiência e nível alto", elogiou.

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O selecionado celeste e branco será o primeiro a saber seu adversário na fase de quartas de final, caso supere os oceânicos. Isto porque o confronto do cruzamento programado para enfrentar a chave definida ocorre horas antes, abrindo as oitavas. Holanda ou Estados Unidos vão a campo quatro horas antes, na capital catari, Doha, para entrar no caminho que pode ser o dos latinos para definir a sequência do torneio.

Sobre as várias mudanças na equipe durante os dias deste Mundial, o comandante da Scaloneta não esclareceu sua estratégia para definir os titulares para logo mais. "Não sou de seguir sempre com os mesmos jogadores. Sou mais de sensações, de ver o que quero em cada partida. Às vezes eu repito, pode ser uma opção, mas não posso confirmar", se fez de desentendido o treinador.

Franca atiradora no mata-mata, a Austrália se mostra pronta para ser mais uma zebra no Mundial. "Nossa atuação tem sido mais forte e boa a cada vez que jogamos contra a Argentina. Jogar contra esse tipo de talento e nome, acho que ressoa em todo o mundo. É uma nação do futebol e é inspirador jogar contra eles", avaliou o técnico Graham Arnold.

Apesar disso, a expectativa é de repetição na formação titular: Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña; De Paul, Mac Allister e Fernández; Di María, Messi e Álvarez. A Austrália deve ir a campo com Ryan; Degenek, Souttar, Rowles e Behich; Mooy, Irvine, Leckie e Goodwin; Duke e McGree.

*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz