Azul e branco por todos os cantos. Esse foi o cenário de toda a Buenos Aires, ontem, na recepção da delegação tricampeã da Copa do Mundo. Os devotos de Lionel Messi e os apaixonados pela seleção alviceleste tomaram as ruas e avenidas da capital argentina e fizeram uma festa digna da maior conquista portenha desde o bi mundial em 1986, no México.
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Buenos Aires virou a maior arquibancada do planeta. Estima-se que ontem cerca de 5 milhões de argentinos tomaram os espaços da cidade para celebrar com os heróis argentinos no Catar. A delegação campeã desembarcou no aeroporto de Ezeiza por volta das 2h20 (de Brasília).
Messi foi o primeiro a descer do avião. A maior estrela da companhia alviceleste saudou os fãs, funcionários do aeroporto e jornalistas que esperavam nas proximidades. De lá, a delegação seguiu para os alojamentos da Associação Argentina de Futebol (AFA). Dormiram e às 12h partiram em caravana no ônibus aberto com destino ao Obelisco.
O trajeto, porém, não pôde ser completado. O governo argentino decretou feriado nacional, o que aumentou a mobilização em torno dos ídolos do país. Horas após terem iniciado o percurso, a trupe hermana ainda não havia chegado sequer à metade do caminho. Ciente do atraso e preocupada com a segurança da população e da delegação, as autoridades optaram por colocar os jogadores em helicópteros.
Dos céus, os protagonistas do tricampeonato acenaram para os apaixonados, agradeceram a recepção calorosa e retornaram às instalações da AFA.
"Os campeões mundiais estão sobrevoando todo o percurso em helicópteros porque ficou impossível continuar em terra devido à explosão de alegria popular. Vamos continuar celebrando em paz e demonstrando a eles nosso amor e admiração", disse a porta-voz da presidência argentina, Gabriela Cerruti.
O presidente da AFA, Chiqui Tapia, também lamentou as dificuldades para chegar ao destino da festa. "Não nos deixam chegar para cumprimentar todas as pessoas que estavam no Obelisco. Os mesmos órgãos de segurança que nos escoltaram não nos deixam seguir em frente. Mil desculpas em nome de todos os jogadores campeões. Uma pena", escreveu o dirigente nas redes sociais.
A comemoração de ontem foi a primeira da seleção argentina a não passar pela Casa Rosada, a sede do governo do país. Em 1978 e 1986, os campeões mundiais, liderados por Mario Alberto Kempes e Diego Armando Maradona, visitaram os presidentes à época. O motivo da quebra da tradição era evitar a politização da conquista mundial com o atual presidente Alberto Fernández, bastante questionado pela população. O chefe do executivo bem que forçou a barra, mas sem sucesso. Messi e os principais líderes do elenco bateram o martelo e tocaram a festa longe dos holofotes políticos.
Susto e provocação
Dois torcedores argentinos mostraram que vale tudo para estar perto dos ídolos. Durante a celebração alviceleste, os apaixonados pularam de um viaduto na tentativa de entrar no ônibus aberto da delegação. Um deles conseguiu. O outro, errou o tempo do salto, caiu na traseira do veículo e despencou no chão.
Segundo a imprensa argentina, o torcedor que conseguiu entrar no ônibus não sofreu ferimentos. Por outro lado, não há informações sobre o fanático que caiu na pista das proximidades da Avenida Tenente General Pablo Ricchieri, em Buenos Aires.
Herói com uma defesa monumental no minuto final da prorrogação, o goleiro Dibu Martínez não poupou nas provocações ao astro Kylian Mbappé. O paredão alviceleste foi flagrado com um boneco que usava uma máscara do camisa 10 francês chorando.
Os torcedores também não perdoaram os rivais europeus. No meio da multidão, foi possível identificar caixões de papelão com o rosto de Mbappé estampado. Alguns fanáticos levaram a provocação além e atearam fogo no objeto. Foi uma festa completa, até mesmo com chuva de dinheiro. O atacante Papu Gómez não escondeu a felicidade e jogou várias cédulas para a alegria dos torcedores ao redor do veículo aberto.
Se tem comemoração argentina, não poderia faltar homenagem ao "Dios" Maradona. O craque Lionel Messi, dedicou a conquista ao ídolo. "Essa Copa que conseguimos é também de todos os que não conseguiram nos Mundiais anteriores, como em 2014, no Brasil, onde todos mereciam pela forma como lutaram até a mesma final, trabalharam duro e desejaram tanto quanto eu. Também é do Diego (Maradona) que torceu pela gente lá do céu", escreveu nas redes sociais.
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