Copa Sul-Americana

Conheça os 32 clubes da primeira fase da Copa Sul-Americana

Equipes de oito países duelam por vagas na fase de grupos do certame secundário do continente. Argentinos e brasileiros entram já na fase de grupos

Paulo Martins*
postado em 20/12/2022 18:31
 (crédito: ERNESTO RYAN)
(crédito: ERNESTO RYAN)

A Copa Sul-Americana de 2023 começa nesta quarta-feira (21/12), a princípio, no campo teórico, devido ao sorteio da primeira fase da competição na cidade paraguaia de Luque, a partir do meio-dia. A sede da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) apresentará, de forma oficial, o sorteio e as alterações para as diferentes fases da competição.

A etapa prévia aos grupos segue inalterada, sem a presença de argentinos e brasileiros, ingressados na sequência. A diferença está para a classificação no mata-mata final, com uma nova rodada antes das oitavas de final. Em formato similar ao da Liga Europa, a Sul-Americana terá seus segundos classificados nos grupos lutando contra os terceiros colocados da mesma etapa da Libertadores. Na sequência, estes enfrentam os vencedores grupais.

Para esta prévia, entram quatro equipes de cada um dos oito países restantes da competição. O regulamento permitirá ao vencedor de cada confronto direto o avanço à fase de grupos, junto dos seis times da Argentina e outros seis do Brasil, além dos quatro eliminados na terceira fase da Libertadores. A decisão dos mandos de campo será a partir do primeiro time sorteado, sem uma divisão geral por potes.

Confira, agora, os 32 concorrentes às 16 vagas para as oito divisões da apelidada “Sula”, a qual tem Brasília como sede cogitada para a final no próximo dia 28 de outubro de 2023, com data a confirmar pela entidade organizadora:


Academia Puerto Cabello

Desde 2018 na elite venezuelana, o time mandante no estádio Complejo Deportivo Socialista, apelidado de La Bombonerita, em referência ao campo do Boca Juniors argentino, tem apenas 7,5 mil lugares. Trata-se de sua primeira aventura internacional em 11 anos de existência.


Águilas Doradas

Este é um time nômade devido aos seus antigos despejos em 31 anos de história. Inicialmente em Itagüi, as “Águias Douradas” passaram pela cidade de Pereira até se situar em Ríonegro. É uma Sociedade Anônima em seu nome oficial, sendo uma empresa na prática.


Audax Italiano

tetracampeão chileno, é um dos clubes mais tradicionais de seu país, com mais de 112 anos de existência. Entretanto, sua forma continental é curta, com passagens tímidas nesta competência, apesar de frequentes.


Blooming

O time da cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra é outro a ter tamanho e tradição apenas no cenário nacional. Mesmo sem ser centenário, “La Academia” tem cinco títulos da primeira divisão.


Caracas

“Los Rojos del Ávila” são os maiores campeões nacionais da Venezuela, com 12 conquistas ao todo. Entretanto, com um 2022 diferente no campeonato local, o clube homônimo à sua capital joga a segunda ordem do continente, podendo se encontrar com seu arquirrival Deportivo Táchira.


Cienciano

O único campeão continental do Peru surpreendentemente é uma equipe pouco tradicional no cenário interno. “Los Imperiales” fizeram a festa na cidade de Cusco ao bater um forte River Plate na final do torneio em 2003, mas comemoraram títulos nacionais em apenas três oportunidades.


Cobresal

O modesto clube chileno da região do Deserto do Atacama, campeão nacional apenas em 2015, era dono de um feito interessante na Libertadores até o ano seguinte de sua conquista. Na edição de 1986, “Los Mineros” venceram uma partida e empataram as demais cinco em seu grupo, para seguir invicto até seu retorno à categoria. Trinta anos depois, o Corinthians foi o responsável por derrubar o único invicto histórico da competência, vencendo no Estádio El Cobre pela diferença mínima.


Danubio e Defensor

Os dois times, quase homônimos, merecem citação à parte devido a um fator histórico do futebol uruguaio. Ambos protagonizam o Clássico do Terceiro Grande, pela rivalidade de ter esta posição no país, atrás dos gigantes Nacional e Peñarol. Com quatro títulos nacionais para cada um, as bolinhas em Luque podem determinar a sorte e desempatar a grandeza dos arquirrivais.


Delfín

Campeão equatoriano de 2019, o time da cidade de Manta jogou uma Libertadores antes de uma Sul-Americana. Este fato é atípico para um time novo, com menos de quatro décadas de existência.


Deportivo Binacional

O time da cidade de Juliaca tem este nome por estar sediado à beira do lago mais alto do mundo, o Titicaca, na fronteira peruana com a Bolívia. Sua aparição para o mundo do futebol se deu em 2020, vindo do seu solitário título nacional e de sua presença inédita na Libertadores.


Deportivo Cuenca

O modesto clube da cidade homônima ao norte do Equador é tímido em todos os certames de disputa. Internacionalmente, não apresentou campanhas de destaque, enquanto logrou seu único troféu nacional no campeonato de 2004.


Deportivo Táchira

“El Carrusel Aurinegro” é um time cujo nome homenageia o estado fronteiriço junto à Colômbia, por onde milhares de pessoas passaram em grande fluxo de entrada e saída devido a episódios recentes da política nacional. O segundo maior campeão venezuelano pode ter um clássico pela frente contra o Caracas.


Emelec

O segundo time com mais troféus no Equador tem seu nome vinculado a uma fornecedora de energia elétrica, sendo uma sigla para Empresa Elétrica de Ecuador. Seu apelido, inclusive, é remetente a suas origens: “El Bombillo”, ou, em português, A Lâmpada.


Estudiantes de Mérida

Considerado o terceiro maior time da Venezuela, “Los Rojiblancos” terão pela frente apenas sua segunda atuação na Sul-Americana. Em 2018, caiu na primeira fase para os chilenos do Deportes Temuco.


General Caballero

O clube paraguaio joga sua segunda edição seguida da competição, após ter sua estreia internacional em 2022. Uma curiosidade está no nome do seu estádio, o Ka’arendy, nome em guarani do distrito da equipe, atualizado para Doctor Juan León Mallorquín, em alteração realizada pela direção institucional em 2021.


Guabirá

Apesar do apelido amedrontador de “Los Diablos del Norte”, este time boliviano não chega a mostrar ares demoníacos em campo. À exceção do título nacional de 1975, o time da cidade de Montero, na região de Santa Cruz de La Sierra, é um dos mais humildes do torneio.


Guaraní

Um dos gigantes do Paraguai, “El Cacique” já aprontou poucas e boas nas competições internacionais, como na histórica campanha da Libertadores de 2015, onde o Corinthians foi eliminado perdendo os dois jogos. No cenário interno, perde em taças apenas para o trio Olimpia, Cerro Porteño e Libertad.


Junior

Vice-campeão em 2018 para o Athletico-PR, o time de Barranquilla mostra tradição para seguir à frente neste campeonato. “Los Tiburones” estão entre os maiores da Colômbia, com nove ligas locais.


LDU

Campeão em 2009 diante do Fluminense, o time de Quito esbanja tradição nacional e internacional. Além da temida altitude de 2850 metros, seu estádio é um verdadeiro caldeirão: o Rodrigo Paz Delgado, conhecido como Casablanca em referência ao uniforme da equipe áurea, é o segundo maior do país, com mais de 55 mil lugares.


Oriente Petrolero

O tetracampeão boliviano ostenta um título interessante. “Los Refineros”, ao lado do The Strongest, são os únicos a nunca ter jogado a segunda divisão nacional. Ou seja, não vive de altos e tampouco de baixos.


Palestino

O time chileno, que homenageia a comunidade árabe residente no país, teve uma eliminação marcante diante do Flamengo em 2017. Na segunda fase da edição do vice-campeonato rubro-negro, os tricolores sofreram cinco gols em cada jogo.


Palmaflor del Trópico

Antigo Atlético Palmaflor, o clube do Departamento de Cochabamba teve seu recente acesso à elite boliviana apenas em 2019. Com isso, o clube experimenta sua primeira atuação a nível internacional em 2023.


Peñarol

É estranho ler o nome de um dos maiores campeões do continente na segunda categoria da América do Sul. Com cinco Libertadores, o terceiro maior da competição, “El Manya” tem uma semifinal recente na Sul-Americana, caindo para o futuro campeão Athletico-PR. Naquela oportunidade, perdeu a chance de fazer a final praticamente em casa, com a decisão sendo sediada em Montevidéu.


River Plate (Uruguai)

Claramente inspirado no xará do outro lado do Rio da Prata, em Buenos Aires, “El Darsenero” vai para sua oitava participação na competição. Curiosamente, o clube uruguaio realizou sete amistosos no Brasil nos últimos 12 anos: venceu apenas um, contra o ABC, por 3 x 1, em 2011; empatou com Atlético-MG, Remo e Operário-PR e perdeu para Portuguesa, Paraná e Palmeiras, contra quem foi rival de grupos na Libertadores de 2017.


Santa Fé

Campeão em 2015, o único título colombiano do certame pertence à formação de Bogotá. Um dos clubes mais tradicionais do país também ostenta nove ligas e mais duas copas nacionais.

Sportivo Ameliano

De um time histórico para um estreante, “La V Azulada”, ou seja, um V em azul (apesar de não haver esta letra no nome da equipe) é uma referência ao bairro de Virgen del Huerto, em Assunção. O modesto time com a camiseta parecida à do Vélez Sársfield argentino somou uma glória à sua história com a Copa Paraguai de 2022, o que deu ingresso para esta disputa.


Tacuary

Outro clube da capital paraguaia volta à Sul-Americana após sua estreia, há 16 anos. “Los Pumas” também jogaram a Libertadores em 2005 e 2007, compartilhando calendário com a segunda categoria continental.


Tolima

Clube crescente na Colômbia, em relação aos últimos tempos, com títulos nacionais em 2018 e 2021, o time de Ibagué tem uma história interessante com as cores e com o Racing argentino. Apesar de usar o grená e dourado atualmente, a formação que tem o nome do departamento local usou as cores do time de Avellaneda em sua primeira edição do campeonato local, em 1957.


Universidad Católica (Chile)

“La Cato” vive um momento de queda. Após o tetracampeonato consecutivo de 2018 a 2021, o time cruzado viu seu rival Colo-Colo ser campeão e, por sua vez, não ir sequer à Libertadores. A missão atual é superar as semifinais, tocadas duas vezes pela representação de Santiago, para chegar à decisão.


Universidad César Vallejo

O time da cidade de Trujillo vai para sua quarta participação nesta competência, somando esta campanha a 2010, 2011 e 2013. Além disso, os peruanos contam com a assistência técnica de um conhecido do futebol brasileiro: Washington Sebastián “El Loco” Abreu é o técnico para 2023.


Universitario

Outro time do Peru, desta vez da capital, Lima, é o “orgulho acadêmico” da vez. Além de primeiro finalista do país na Libertadores, ao perder a final de 1972 para o Independiente, da Argentina, “Los Cremas” são os maiores campeões nacionais, com 26 troféus.

*Estagiário sob supervisão de Danilo Quieroz

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