O drama voltou a companhar a seleção argentina em uma final de Copa do Mundo. Neste domingo (18/12), os hermanos encararam a atual campeã França pelo título no Catar e empataram por 3 x 3, com triunfo sul-americano por 4 x 2 Foi um duelo digno de uma decisão mundial, com o brilho de dois craques de duas das maiores seleções do planeta bola.
A primeira etapa ficou marcada pelo domínio argentino. Pilhados, os hermanos não deixaram os franceses jogar. Mbappé e companhia não deram sequer um chute ao gol nos 45 minutos iniciais. Se lá trás o bloqueio portenho funcionou, lá na frente, Messi e Di Maria transformaram a superioridade em números, com dois gols.
Na segunda etapa, porém, um “apagão” possibilitou as chegadas letais de Mbappé, que resgatou a França para a prorrogação. No tempo extra, a garra argentina prevaleceu. Messi reapareceu e marcou aquele que seria o gol do título. Seria, se Montiel não tivesse colocado a mão na bola e oferecido pênalti para Mbappé igualar e levar a decisão para os pênaltis.
Atuações
Emiliano Martínez — Nota: 7,0
O goleiro foi pouco exigido pela França no primeiro tempo. No abafa da etapa final, porém, sofreu dois gols. No primeiro pênalti cobrado por Mbappé, até resvalou na bola, mas não o suficiente para evitar a comemoração europeia. Fez milagre no último lance da prorrogação. Na decisão por penalidades, defendeu o chute de Coman.
Molina — Nota: 5,5
Foi seguro na lateral direita para conter os avanços do lado mais perigoso da França. A postura defensiva do argentino anulou Kylian Mbappé em boa parte, até o “apagão” na etapa final com os dois gols do astro adversário.
Romero — Nota: 6,0
Manteve a regularidade na zaga durante quase que toda a partida e não deu brechas para que as peças ofensivas da França chegassem com espaço. Contudo, nos minutos finais da partida, não impediu os gols de Mbappé.
Otamendi — Nota: 5,0
Na terceira e provavelmente última Copa do Mundo da carreira, o experiente zagueiro de 35 anos foi bem até o momento em que derrubou Mbappé no lance que resultou no pênalti que deu início à reação francesa.
Tagliafico — Nota: 6,5
Foi o dono do setor canhoto da defesa argentina e responsável por segurar a astúcia de Dembélé. Missão cumprida com êxito, que levou à substituição do adversário.
De Paul — Nota: 6,5
No esquema tático 4-3-3 do técnico Lionel Scaloni, De Paul foi o escolhido para facilitar a transição da defesa para o ataque. Uma atuação segura, que contribuiu na contenção dos adversários e no volume de jogo ofensivo.
Fernández — Nota: 6,5
Foi uma das principais peças da engrenagem montada por Lione Scaloni no meio de campo. A qualidade nos passes foi a principal contribuição de um dos articuladores.
Mac Allister — Nota: 7,5
Um dos grandes nomes da Argentina nos mata-matas do Mundial, não deixou a desejar na final. Tomou conta do setor canhoto da meiuca hermana. Porém, foi em jogada pela direita que serviu Di Maria no segundo gol alviceleste.
Di Maria — Nota: 8,0
Não poderia ter se despedido do principal torneio do planeta sem brilhar. Na quarta disputa de Mundial da carreira, fez um verdadeiro saucero pela esquerda. Foi dele a jogada que originou o pênalti convertido por Messi. Inspirado, encontrou espaço para marcar o segundo e dar o adeus em grande estilo.
Lionel Messi — Nota: 8,5
A turnê do adeus às Copas do Mundo foi concluída com muito sucesso. Muito além do gol que abriu o marcador na final, foi o grande responsável por colocar a França na roda e abrir caminho para a ampliação da vantagem a partir de um passe “nojento”. Desapareceu no segundo tempo, mas chamou a responsabilidade na prorrogação e marcou o terceiro.
Júlian Álvarez — Nota: 6,5
O xodó da torcida argentina não balançou as redes na final, mas desempenhou um papel tático fundamental para a execução da “Scaloneta”. Participou diretamente da trama que originou o gol do título de Di Maria.
Lionel Scaloni — Nota: 8,5
O nó tático dado na atual campeã, do técnico mais longevo entre as 32 seleções que passaram pelo Catar, premiou o trabalho de um excelente profissional. Saiu da derrota de virada na estreia para a Arábia Saudita ao clímax contra os franceses. As escolhas por Tagliafico e Di Maria aquele que sabe as peças que tem em suas mãos.
Reservas
Acuña — Nota: 5,5
O defensor de 31 anos entrou no lugar do aplaudido Di Maria. A função era conter o ímpeto francês nos minutos decisivos do segundo tempo. Papel executado com tranquilidade nos primeiros minutos, até Mbappé surgir e mudar a história da partida.
Montiel — Nota: 4,5
Substituiu Molina e não colaborou no papel defensivo. Perdido na marcação, colocou a mão na bola dentro da área em chute que resultou no terceiro gol de Mbappé. Amenizou a pressão com após converter o pênalti do título.
Laurato Martínez — Nota: 5,5
Apareceu para cumprir a função de Julián Álvarez e tentar mudar o rumo da partida, mas sem êxito. Na melhor chance dele na partida, teve o chute desviado por Upamecano.
Paredes — Nota: 5,0
Assumiu o papel de De Paul no meio de campo. Não comprometeu, mas também não foi tão eficiente quanto o esperado.
Dybala — Nota: 5,5
Entrou justamente para participar da decisão por pênaltis. Fez o dele e espantou o nervosismo.
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