Croácia e Marrocos se reencontram na disputa pelo terceiro lugar

Duelo entre europeus e africanos pelo terceiro posto do Mundial no Catar será uma reedição da estreia do Grupo F há 23 dias

Paulo Martins*

postado em 16/12/2022 14:15 / atualizado em 16/12/2022 21:20

(crédito: Manan Vatsyayana/AFP)

Para fechar o pódio da Copa do Mundo Qatar-2022, Croácia e Marrocos disputam, às 12h deste sábado (17/12), o terceiro lugar da competição, no Estádio Internacional de Khalifa, em Doha. Coincidentemente, ambas seleções compartilharam o Grupo F do torneio e se encontraram há 23 dias. 

Naquela quarta-feira (23/11), marroquinos e croatas abriram o quarto dia de jogos do torneio no Estádio Al-Bayt, em Al-Khor. A solidez defensiva, marca das duas representações, regeu o duelo de abertura e justificou o placar final, inalterado em relação ao princípio.

As retaguardas, bem postas, permitiram a primeira finalização apenas no último minuto regulamentar da primeira etapa, em finalização de Nikola Vlasic e defesa de Yassine Bono. Os comandados de Zlatko Dalic tiveram nova oportunidade clara no segundo tempo, em um bate e rebate após escanteio fechado executado por Luka Modric e rechaço do goleiro africano, com rebote de Dejan Lovren desviado por Nordin Amrabat.

A partida foi intensa no meio-campo, com 37 faltas, um alto índice de infrações para a normalidade da competência. Entretanto, apenas um cartão amarelo foi exibido pelo colegiado argentino Fernando Rapallini, para Amrabat. A entrega, marca de eslavos e mediterrâneos, foi uma das insígnias para as excelentes campanhas, findadas com mais um confronto direto.

A equipe xadrez viveu nova saga após vencer o Canadá por 4 x 2 e empatar sem gols com a Bélgica. O segundo lugar na divisão deu aos balcânicos um chaveamento complicado. Primeiro, veio a persistência para empatar diante dos japoneses e levar a melhor nos pênaltis. A fórmula se repetiu para barrar o sonho brasileiro do hexacampeonato no compromisso seguinte. Entretanto, frente à Argentina, os europeus não foram páreos para Lionel Messi e Julián Álvarez, em dia iluminado, e saíram goleados por 3 x 0.

A história dos Leões do Atlas, por outro lado, desenhava um cenário inédito nos Mundiais. De cara, a liderança de seu grupo, com as vitórias frente aos belgas e canadenses, respectivamente, lhe deu como adversário a Espanha, nas oitavas de final. Também nos pênaltis, os comandados de Walid Regragui saíram como heróis. Para consagrar-se com a maior campanha africana nas Copas do Mundo, a ordem de eliminar Portugal foi cumprida. Ambas partidas resultaram nas quedas dos técnicos Luis Enrique e Fernando Santos, respectivamente.

O sonho de uma final quase em casa, pela enorme massa de marroquinos que foram ao país-sede, foi interrompido pela atual campeã França, que freou o ímpeto africano ao vencer por 2 x 0 e por um ponto e vírgula à brilhante campanha. Marrocos pode ter seu fim de Copa com chave de ouro ao conquistar o terceiro lugar diante de um adversário duro de roer.

*Estagiário sob supervisão de Victor Parrini