O destino surpreendeu marroquinos e todo o planeta na Copa do Mundo Qatar-2022. Hoje, às 16h, no Estádio Al-Bayt, Marrocos entra em campo contra a França para a primeira participação do país e do continente africano em uma semifinal de Mundial. É verdade que a torcida dos Leões do Atlas faz bonito nas arquibancadas do Catar, mas não é só lá que a paixão acontece. A 11 mil km de distância, bate forte um coração marroquino em Brasília.
Maria del Carmen Ganzelevitch, de 77 anos, nasceu em Marrocos, mas mora no Distrito Federal há quase 50 anos. Filha de mãe espanhola e pai marroquino, ela veio para o Brasil com a família em 1953. Viveu em São Paulo nos primeiros anos no novo país até se mudar para a capital em 1976.
Ganzelevitch conta que se adaptar a Brasília não foi tão complicado. Ela gostou do novo lar e isso ajudou. "A paixão pela cidade foi crescendo por tudo que ela representa. Por ser a capital do país, por ser uma cidade nova", compartilhou.
O amor pela capital, porém, divide espaço com o amor à pátria. A marroquina do DF conversa com um brilho nos olhos sobre os feitos da seleção de seu país na Copa do Mundo. O sorriso largo no rosto não esconde o otimismo de uma torcedora que pensa um passo à frente. Para ela, desbancar a França e chegar à final é, sim, possível. "Marrocos vai ganhar. Os jogadores chegaram com garra e vão vencer. Vai dar Marrocos", palpita, confiante.
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Vibração contagiante
A animação em casa é tanta, que até o marido, o português Amilcar Gramacho, vibrou com a vitória africana sobre Portugal. No dia da classificação sobre, a marroquina fez questão de compartilhar o orgulho nacional. "Vesti a roupa marroquina e fiz questão de colocar nas redes sociais. Tem tudo a ver com os países africanos e com a necessidade que tem de mostrar a outra face do mundo. A África está aí, ela existe", ressaltou a torcedora.
O próximo desafio de Marrocos é a atual campeã França. Porém, isso não desanima Carmen e os mais de 37 milhões de marroquinos espalhados pelo mundo. Ela se apega aos tropeços recentes de outros gigantes para superar os franceses.
"Era impensável que a Alemanha estaria fora. O Brasil também saiu. E os franceses, sinto muito, mas vou ficar muito feliz se o Marrocos ganhar", disse. Confiante, Carmen até se arrisca no placar. O palpite dela é a vitória por 2 x 1 e a presença na final.
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