COPA DO MUNDO

Klinsmann aponta força mental e ordem nos pênaltis como motivos da queda do Brasil

Membro do Grupo de Estudos Técnicos da Fifa, ex-jogador e técnico da Alemanha diz que a Seleção não conseguiu se recompor mentalmente do gol de empate da Croácia e reforça crítica feita após o jogo de o melhor do Brasil deveria ter aberto as cobranças

Marcos Paulo Lima - Enviado Especial no Catar
postado em 12/12/2022 09:32 / atualizado em 12/12/2022 09:32
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Doha — Membro do Technical Group Study (TSG), o Grupo de Estudos Técnicos da Fifa, na Copa do Mundo do Qatar-2022, o ex-centroavante e técnico da Alemanha, Jurgen Klinsmann, apresentou na manhã desta segunda-feira sua tese para a eliminação do Brasil nas quartas de final. Campeão da Copa de 1990, na Itália, ele participou da entrevista coletiva no Qatar National Convention Centre sobre o balanço do torneio até as quartas de final ao lado dos colegas Du-Ri Cha, Faryd Mondragón, Sunday Oliseh, Alberto Zaccheroni e Pascal Zuberbühler.

“O Brasil, depois de conceder o empate à Croácia, não teve tempo para se recuperar e ter a mentalidade necessária para as cobranças de pênalti. Foi diferente do caso da Argentina. Eles sofrem o gol de empate da Holanda (2 x 2) no último minuto do segundo tempo, mas havia uma prorrogação inteira pela frente. Inclusive pressionaram e acertaram a trave da Holanda e avançou confiante aos pênaltis”, comparou o comandante germânico no terceiro lugar em 2006.

No caso do Brasil, Klinsmann apontou a força mental como decisiva para o triunfo croata. “Depois do gol, ficou aquela sensação de decepção. O time não conseguiu se recuperar antes dos pênaltis. Não teve tempo para colocar as ideias de volta no lugar. Nós conversamos internamente isso internamente”, observou.

Klinsmann é um dos decepcionados com o desempenho de Tite. Antes da Copa do Mundo, o ex-jogador apontou o Brasil como favorito ao título em uma entrevista ao site da Fifa. “Meu favorito pessoal, depois de assisti-los nos últimos dois anos – especialmente durante a campanha de qualificação para a Copa do Mundo – é o Brasil”, disse o alemão.

À época, ele justificou a aposta. “Fiquei impressionado como eles passaram pelas Eliminatórias, especialmente porque a América do Sul é, provavelmente, o mais difícil de todos os continentes para se classificar. A maneira como eles fizeram isso foi muito impressionante”, argumentou.

Depois da partida contra a Croácia, Klinsmann criticou Tite por não ter eleito Neymar para ser o primeiro cobrador nas quartas de final. “Ele seria o meu primeiro”, afirmou à BBC. Ontem, ele reforçou a crítica. “O Brasil deveria ter colocado seu melhor batedor primeiro. Isso abre caminho. Todos agiram dessa forma nos últimos 10 ou 15 anos”, argumentou.

Nas quartas de final entre Argentina e Holanda, os dois jogadores mais relevantes das duas seleções abriram a série: o atacante Lionel Messi e o zagueiro Virgil van Djik. No triunfo contra o Brasil, Luka Modric foi o terceiro cobrador e superou Alisson. Tite deixou Neymar como quinto.

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