Praticamente todo brasileiro se lembra com clareza dos momentos da Copa do Mundo no país, em 2014, sobretudo com a campanha alemã, incluindo os 7 x 1 sobre os anfitriões e a final agônica diante dos argentinos para o tetracampeonato. Ditas memórias são o desejo dos germânicos em relação ao seu futebol, vítima da obsolescência e da pouca competitividade desde a festa no Maracanã.
A exemplo da Espanha, campeã em 2010, o baque de eliminações recentes e a ressaca do título mundial, pegou mais forte os alemães, mesmo com seu título "recente" no Brasil há oito anos. Em 2018, era a atual vencedora, mas tinha a reformulação de suas gerações como preocupações para o então técnico Joachim Low.
Além da safra de jogadores, a moda também chegou para a Alemanha, mesmo com a manutenção do tradicional uniforme branco liso como principal opção. Se por um lado a memória da camisa em listras pretas e vermelhas na horizontal traumatizaram os brasileiros, as malhas seguintes tiveram efeito contra os próprios europeus ao jogarem de verde e cair para a Coreia do Sul no Grupo F do Mundial da Rússia, em 2018.
Para o Catar, em 2022, uma listra preta em meio ao branco tradicional, com detalhes em dourado, se tornou a vestimenta dos comandados de Hansi Flick. Apesar das mudanças e de uma maior integração da nova leva de atletas, a situação futebolística não encontrou melhora: a produção ofensiva, mais uma vez, foi problema e os germânicos caíram pelo saldo de gols no Grupo E, em comparação à Espanha.
O futuro indica, para além da necessidade de a insistência da nova geração e de outras opções para melhorar seu jogo, um desafio em sua própria terra. Os alemães sediarão a Eurocopa de 2024, entrando, mais uma vez, como favoritos, em sua 14ª participação, índice máximo no Velho Continente.
A Copa do Mundo, por coincidência, foi o último evento internacional sediado no país, em 2006, onde os anfitriões caíram em traumática prorrogação contra a futura campeã Itália, em Dortmund. No entanto, o melhor para uma seleção tão grande e tradicional é jogar o mata-mata ao invés de apenas os grupos, onde não é propriamente seu lugar.
*Estagiário sob supervisão de Victor Parrini
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