O acontecimento do respeito e da admiração global ao futebol brasileiro não é fato novo entre os amantes do esporte espalhados pelo planeta. Os últimos a serem testemunhas do gingado e da capacidade do jogo bonito dos brasileiros foram os sul-coreanos, derrotados nas oitavas de final da Copa do Mundo Qatar-2022, nesta segunda-feira (5/12).
A embaixada da Coreia do Sul recebeu convidados para acompanhar o duelo do mata-mata do Mundial, recebidos cordialmente pelo embaixador Lin Ki-mo, admirado pelo futebol brasileiro. “A Copa do Mundo é um festival de todos. O Brasil é o mais forte candidato ao título e estou feliz por jogarem com a Coreia. Espero que, juntos, façam uma boa partida, aprofundando ainda mais a boa relação entre os dois países”, comentou o representante, antes do duelo.
Junto aos asiáticos, brasileiros convidados pelo delegado oriental estiveram presentes, incluindo alguns de seus amigos de convívio diário. Um deles foi o empresário Lucas Oliveira, 36 anos, parceiro de Lin em um clube de golfe. “Quando ele fez esse convite, com esse trabalho unindo os países, pediu para estarmos com ele nesse momento de celebração e a gente não dispensou, sem falar que ele é um excelente anfitrião”, disse, bem acomodado no espaço reservado para o evento, na sede do país na capital federal.
O clima apreensivo no começo, dava a crer, pela posse de bola dos asiáticos, uma igualdade no duelo. Os brasileiros presentes, assim como os coreanos, possuíam baterias para puxar os gritos. Os anfitriões esboçaram relativa alegria nas chegadas esporádicas e não se desanimaram no coro nem com o precoce 1 x 0 anotado por Vinicius Junior. Chegaram a aplaudir o pênalti cobrado por Neymar, para ampliar a fatura a favor do Brasil.
Alternando sorrisos de admiração e choque por falta de reação dos Tigres, os locais viram os brasileiros convidados comemorarem efusivamente o tento antológico de Richarlison. A parte derrotada suspirou forte na primeira finalização na área rival, apenas aos 31 minutos. A situação virou admiração geral ao futebol da Canarinha antes mesmo do intervalo, com o gol de Lucas Paquetá.
Segundos antes da quarta unidade da goleada, uma torcedora brasileira passou em frente ao telão com uma bandeira da Coreia do Sul, sendo ovacionada pelos presentes. Com as equipes no vestiário, o irreverente embaixador, conhecido entre os mais próximos pelo apreço ao cantar, falou em paz e performou Imagine, de John Lennon.
Os asiáticos, durante o segundo tempo, aplaudiram os substituídos patriotas. Era um sinal de gratidão pela honrada campanha até a eliminação. Em outra chance perdida, aos 22 minutos, o grito de gol ficou entalado na garganta dos anfitriões do evento. No gol de honra dos coreanos, anotado por Paik Seung-Ho, a animação foi geral e absoluta, celebrada também pelos brasileiros presentes, a fim de celebrar juntos, tal e qual aconteceu.
Mesmo com boa atuação do time do técnico Tite, o sul-coreano Kim Juehyung, 14 anos, aguardava por uma melhor performance de seu selecionado. “Apenas de classificarmos (na fase de grupos) estivemos bem, mas poderíamos ser melhores. 4 x 0 no intervalo é demais”, comenta.
Um outro oriental otimista é o amigo de Kim, Park Gaon, também de 14 anos, confiante na caminhada para a edição 2026, impulsionada por Heung-Min Son. “Acho que no próximo Mundial ele pode nos ajudar mais ainda, até porque neste ele esteve machucado (com leve fratura no olho, justificando o uso de máscara na face)”, acredita.
*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz
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