COPA DO MUNDO

Daniel Alves: "Estou colhendo o que plantei em 16 anos na Seleção"

Confirmado como titular para a partida contra Camarões, lateral-direito diz que está pronto para cumprir sua missão no elenco até mesmo como panderista: "Serei o melhor que você já viu"

Marcos Paulo Lima - Enviado especial
postado em 01/12/2022 10:36
 (crédito: Nelson Almeida/AFP)
(crédito: Nelson Almeida/AFP)

Doha — Escalado para enfrentar Camarões nesta sexta-feira pela última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, Daniel Alves apresentou uma tese sobre as críticas à presença dele entre os 26 convocados para a Copa do Mundo.

“Historicamente, na Seleção alguém teve que pagar a conta. Se eu estivesse no Barcelona, dificilmente esse debate aconteceria. Eles erraram porque colocaram na conta de quem mais tem argumentos para pagar. Incomoda, mas não me afeta. Não sou masoquista, não quero que as pessoas falem de mim sem ao menos saber minha dedicação. É fácil para eles fazerem isso, por isso é fácil para mim aceitar ou não... Prefiro ir por outro caminho, que é entregar meu melhor”, disse.

Capitão mais velho a usar a braçadeira do Brasil em uma Copa do Mundo, o lateral-direito Daniel Alves falou sobre a oportunidade de entrar em campo contra Camarões nesta sexta-feira, no Lusail Stadium, aos 39 anos. “É um motivo de orgulho estar aqui. São muitos anos de história aqui na Seleção e poder encerrar esse ciclo jogando uma Copa do Mundo é um privilégio”.

Jogador mais contestado na convocação, Daniel Alves rebateu as críticas. “É normal por causa da idade, por não estar no melhor momento, mas a Seleção e a Copa não é somente estar no melhor momento no clube. É estar no melhor momento dentro da Seleção. E isso procurei fazer desde 2003, quando cheguei à Seleção pela primeira vez”, afirmou.

Questionado sobre sua função no elenco de 26 jogadores depois de ser preterido por Tite para substituir Danilo contra a Suíça, Daniel Alves ironizou quem questiona seu papel. “Se tiver que tocar pandeiro, vou ser o melhor pandeirista que você já viu na vida. A vida premia aqueles que amam o que fazem e se entregam de corpo e alma na sua missão. É isso que procurei fazer desde 2003, quando cheguei à Seleção pela primeira vez”, refletiu.

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