O brilho da estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo Qatar-2022, contra a Sérvia, não foi repetido diante da Suíça, nesta segunda-feira (28/11), mas a insistência foi suficiente para garantir a classificação antecipada para as oitavas de final. Sem Neymar e Danilo, o técnico Tite foi forçado a fazer mudanças que impactaram no estilo de jogo da equipe e no placar. Sem tanta inspiração, mas com ímpeto e insistência, surgiu a vitória, por 1 x 0.
Se os homens de frente, com exceção de Vinicius Júnior, tiveram dificuldades de infiltração, a linha defensiva é um aspecto a ser elogiado. Liderada por Marquinhos e Thiago Silva, com o apoio do improvisado Éder Militão na lateral direita e de Alex Sandro na esquerda, a retaguarda se manteve sólida e não comprometeu. Bem em campo na construção inicial e nos combates, Casemiro mostrou veia ofensiva e resolveu o jogo com um belo gol.
Veja a nota para a atuação dos jogadores
Alisson — Nota: 6,0
Mais uma vez, foi mero expectador da partida. Com o Brasil ocupando o campo de ataque a maior parte do tempo, não foi exigido pelo sistema ofensivo ineficaz da Suíça, mas quase comprometeu em lance de excesso de confiança contra Embolo.
Éder Militão — Nota: 6,8
Substituto de Danilo na lateral-direita, fez mais um jogo seguro no papel improvisado. Qualidade na saída de bola e o repertório apresentado em outras partidas deixaram uma sensação de que ter feito mais para tirar o zero do placar.
Marquinhos — Nota: 7,0
Manteve a regularidade que o credenciou como homem de confiança do técnico Tite. Suportou os momentos de pressão da Suíça e anulou as principais armas adversárias, como o atacante Embolo.
Thiago Silva — Nota: 6,9
Seguiu o ritmo do companheiro no miolo de zaga e evitou problemas maiores nas investidas suíças. Não foi brilhante, mas fez o simples que manteve a meta canarinho intacta.
Alex Sandro — Nota: 7,0
Foi seguro defensivamente e desarmou bastante, mas pouco acionado nas subidas ao ataque. Fez o que se esperava, mas poderia ter contribuído efetivamente nas construções ofensivas pela esquerda.
Casemiro — Nota: 8,5
Na ausência de Neymar, foi o líder no meio de campo e tentou levar a equipe para frente. Após a assistência para o gol impedido de Vinicius Junior, chamou a responsabilidade na reta final para marcar um golaço, com passe do companheiro de Real Madrid, o raio Rodrygo.
Fred — Nota: 6,5
Se destacou na marcação e distribuiu bons passes. Combativo em campo, acabou tomando um cartão amarelo no início do segundo tempo e foi substituído por Bruno Guimarães.
Lucas Paquetá — Nota: 6,0
Se esforçou nas tentativas de liderar a evolução ofensiva do Brasil na posição do ausente Neymar. Em alguns momentos, encontrou bons passes, mas não conseguiu deixar o time na cara do gol. Foi sacado no intervalo.
Vinicius Junior — Nota: 8,0
Principal arma ofensiva, foi o protagonista das melhores chances da Seleção Brasileira. Chegou a vencer o goleiro Sommer em lance anulado por impedimento e infernizou a marcação suíça.
Raphinha — Nota: 5,5
Teve leve evolução em relação à estreia. Porém, apesar das tentativas de infiltração pela direita e de uma boa finalização de fora da área, não fez o jogo da Seleção Brasileira fluir pelas pontas.
Richarlison — Nota: 5,5
Sofreu bastante com o sistema defensivo da Suíça e não conseguiu ser opção por a bola não chegar na área. Participou impedido do lance do gol anulado de Vinicius Júnior e saiu sem finalizar com perigo.
Tite — Nota: 7,5
Não se furtou a mexer no intervalo quando o Brasil mostrava dificuldades de infiltrar a linha defensiva da Suíça e buscou, a todo momento, indicar o melhor caminho aos jogadores. As alterações, basicamente, não mudaram a forma do time jogar.
Reservas
Rodrygo — Nota: 6,5
Entrou no lugar de Lucas Paquetá para ser a válvula de escape com jogadas individuais em velocidades e também teve dificuldade bloqueio suíço. Se manifestou bastante, foi decisivo e deixa boa opção para a posição de Neymar.
Bruno Guimarães — Nota: 6,0
Mais ofensivo em comparação ao companheiro Fred, entrou aos 13 minutos para melhor na saída de bola e construção das jogadas.
Antony — Nota: 5,9
Escolhido para a função de Raphinha, não conseguiu impor o ritmo de jogo desejado e quebrar as linhas com os dribles característicos.
Gabriel Jesus — Nota: 6,2
Reserva natural de Richarlison, o atacante do Manchester City não cumpriu o papel ofensivo e pouco colaborou na vitória. Melhor participação foi um passe para a finalização de Vinicius Junior.
Alex Telles — Nota: 6,0
Com a missão de dar fôlego para a equipe na reta final, jogou apenas nove minutos, mas mostrou atenção e comprometimento tático para suportar o abafa suíço.