Uma estreia de Copa do Mundo deixa ansiosos os torcedores de uma determinada seleção espalhados ao redor do planeta. No caso da primeira partida de Marrocos, no empate sem gols contra a Croácia, na manhã desta quarta-feira (23/11), um olhar especial longe do país esteve atento ao duelo. O embaixador marroquino em Brasília, Nabil Adghoghi, falou ao Correio sobre o primeiro jogo de seu time no Mundial.
Apesar da falta de bola na rede, o representante destaca o bom jogo no aspecto estratégico, com muita vontade dos dois lados. “Foi um jogo muito tático, bem disputado no meio-campo. O jogo de estreia é sempre difícil, sobretudo quando se enfrenta o vice-campeão do mundo: a Croácia é um time muito competitivo”, acredita.
Incômoda para a seleção balcânica, as vozes e vaias dos visitantes africanos se destacaram por sobre o coletivo em campo. “O melhor jogador no meu ponto de ver foi a torcida que chegou do Marrocos, fez uma bela festa e torceu muito durante todo o jogo. Foi uma bela festa, pena que não tivemos gols. Agora, vamos torcer para que os atacantes tenham muito mais ousadia no próximo jogo contra a Bélgica. Tenho uma boa expectativa que a torcida marroquina vai festejar um ou dois gols”, opina Nabil.
O próximo compromisso do selecionado de Hakim Ziyech, Youssef Bono, Achraf Hakimi e companhia será neste sábado (26/11), às 10h. A partida será no Estádio de Al-Thumama, homônimo ao bairro na zona sul da capital catari, Doha.
A renovação na lista oficial liderada por Walid Regragui se evidencia como ponto fundamental na melhora da formação mediterrânea. “Os jogadores atuam em grandes campeonatos na Europa e dentro do Marrocos, também é um time jovem: somente três jogadores já participaram da última Copa do Mundo. Creio que no próximo jogo terão mais confiança e darão alegria para o público marroquino que viajou em grande número para o Catar”, disse o oficial.
Para o embaixador, a meta mínima, pela capacidade na junção dos fatores, deve ser a de quebrar o recorde histórico nas campanhas dos Leões do Atlas. “O objetivo do Marrocos é passar pela fase de grupos e reeditar o mesmo bom resultado que alcançou em 1986 no México, quando terminou primeiro do seu grupo na frente da Inglaterra, de Portugal e da Polônia. A nossa expectativa é no mínimo isso” anima-se o precursor da pátria africana.
Para repetir os feitos de 36 anos atrás, é natural enfrentar grandes seleções. Uma delas, com possibilidade de cruzamento a partir das quartas de final, é o Brasil. “Os dois já se enfrentaram em 1998 na Copa do Mundo da França. Isso dará muito alegria para o povo marroquino que tem uma imensa admiração pelo futebol brasileiro”, admite o representante do país mediterrâneo.
*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz
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