As autoridades do Catar abordaram brasileiros que carregavam a bandeira de Pernambuco na saída do Lusail Stadium, em Doha, nesta terça-feira (22/11), logo após a partida entre Arábia Saudita e Argentina. Os policiais teriam confundido a bandeira do estado brasileiro com o símbolo LGBTQIA+.
De acordo com relatos do jornalista Victor Pereira nas redes sociais, ele fazia uma filmagem com voluntárias brasileiras que carregavam a bandeira de Pernambuco quando foi abordado e teve o celular confiscado pelas autoridades. Ele só recebeu o aparelho de volta após apagar o vídeo.
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"Pessoal, eu estou nervoso, tremendo, de fato, porque a gente estava com a bandeira de Pernambuco. [...] Estou aqui com alguns voluntários. Ela é de Recife. Desculpa, eu estou tremendo, porque fui atacado por alguns integrantes do Catar, pessoas com essa roupa e também policiais porque eles vieram para cima das meninas achando que era uma bandeira LGBT, mas, na verdade, é apenas a bandeira de Pernambuco. Fui filmar e eles pegaram meu telefone e só devolveram me obrigando a deletar o vídeo que eu fiz. Eu só consegui meu celular de volta porque eu deletei o vídeo que eu fiz. Isso é um absurdo porque a gente tem a autorização da Fifa para filmar absolutamente tudo, aqui no estádio", relatou.
O jornalista contou ainda que os homens jogaram a bandeira no chão e pisotearam. “Chegaram a pegar a bandeira de Pernambuco, jogaram no chão e pisaram. Quando algumas pessoas intervieram e amenizaram a situação", afirmou.
Assista:
Relações entre pessoas do mesmo sexo é crime no Catar. O Código Penal do país estipula a punição do sexo entre homens com até três anos de prisão.
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