Há quem considere a temporada da Fórmula 1 finalizada pelo bicampeonato de Max Verstappen e pelo título de equipes da Red Bull. Entretanto, a parte final da competição reserva surpresas e emoções em outras batalhas na parte alta e intermediária das tabelas de pilotos e construtores, sobretudo no costumeiramente disputado Grande Prêmio de São Paulo, a ser disputado neste final de semana.
Entre várias atrações do enredo do campeonato a esta altura, a prova brasileira traz a última edição da corrida sprint no calendário atual. Introduzida em 2021, em provas esporádicas, as carreiras curtas se mostraram um sucesso nas provas de Imola, no GP da Emília-Romagna, e em Spielberg, na etapa da Áustria, anteriores à disputa rápida em Interlagos, programada para este sábado (12/11).
Com isto, além da classificação antecipada para esta sexta-feira (11/11), os elementos do antepenúltimo compromisso de 2022 tem de tudo para ser atraente ao público. Os videntes presenciais serão recorde no traçado nacional, com expectativa de 230 mil pessoas durante as competições.
Além disso, a inauguração de um busto com a face de Ayrton Senna, posto próximo da arquibancada da reta principal, é mais um atrativo para quem comparecer ao autódromo. A escultura de três metros e meio foi feita pela sobrinha do tricampeão mundial, Lalalli Senna, idealizadora e dona da arte em homenagem ao ídolo da categoria.
Disputas na pista
Nas 71 voltas da corrida principal (além dos 24 giros da sprint) vários fatores estarão em jogo, sobretudo entre as construtoras. Em plena ascensão nas últimas provas, a Mercedes vem com ritmo forte para superar a Ferrari pelo segundo lugar. A distância atual é de somente 40 pontos e o ritmo dos ingleses condutores das flechas de prata deixam em segundo plano a disputa interna, com George Russell liderando Lewis Hamilton por apenas 15 tentos.
Entre os intermediários, pelo quarto lugar, a Alpine deseja garantir seu posto de surpresa do ano perante uma falha McLaren, decadente junto de todo o conjunto com motor mercedista. Um entrave para os franceses pode ser um leve desleixo de Fernando Alonso, com sua saída polêmica ao fim da temporada, para a Aston Martin. Entretanto, Esteban Ocon tem segurado bem as pontas, sendo o sétimo colocado na classificação geral, atrás das duplas de Red Bull, Ferrari e Mercedes.
Quem pode (e deve) apimentar essa disputa é Daniel Ricciardo. Sem equipe para 2023, com o assento restante sem ser anunciado na Haas, esta é a oportunidade do australiano seguir na categoria. Entretanto, o dono do carro número três está sendo ofuscado na tabela por Valtteri Bottas e pelo futuramente aposentado Sebastian Vettel, com o 12º lugar, a 76 unidades de seu companheiro de equipe, Lando Norris.
Na construtora norte-americana, que contará com Kevin Magnussen como seu primeiro piloto, a única novidade foi a adesão de um patrocinador master para o ano seguinte, com seu segundo cockpit por ser confirmado até o mês de janeiro. Mesmo com opções interessantes como Ricciardo ou o suplente da escuderia, o brasileiro Pietro Fittipaldi, a ideia deve se manter — até anúncio oficial, com ou sem surpresas — com a tentativa de mais uma temporada com Mick Schumacher, decepcionante em 2022.
Confira a programação do fim de semana do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1:
Sexta-feira (11/11)
Treino Livre 1 — 12h30 (uma hora de sessão)
Classificação — 16h
Sábado (12/11)
Treino Livre 2 — 12h30 (uma hora de sessão)
Corrida Sprint — 16h30
Domingo (13/11)
Corrida principal — 15h
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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