Os jogadores do Irã cantaram sem entusiasmo o hino de seu país antes do jogo contra os Estados Unidos nesta terça-feira (29/11), como já haviam feito na segunda rodada do Grupo B da Copa do Mundo do Catar, ao contrário da estreia no torneio.
A decisão, descrita como "coletiva" pelo capitão Alireza Jahanbakhsh, de não cantar o hino na primeira rodada contra a Inglaterra foi recebida como um gesto de apoio às vítimas das manifestações duramente reprimidas no Irã.
Este duelo com os EUA tem um evidente componente político, já que os países não têm relações diplomáticas e o Irã vive no momento um movimento de protestos sem precedentes.
No plano esportivo, está em jogo a classificação para as oitavas de final do Mundial do Catar. O vencedor passa de fase, enquanto o perdedor é eliminado.
Durante o hino houve vaias das arquibancadas do estádio Al Thumama. Os jogadores pareciam relaxados em sua entrada em campo.
Antes de enfrentar o País de Gales, na última quinta-feira, o atacante iraniano Mehdi Taremi tinha afirmado que os jogadores de sua seleção não sofreram "nenhuma pressão" depois de não terem cantado o hino contra os ingleses.
"Não gosto de falar de assuntos políticos, mas não sofremos nenhuma pressão", declarou o jogador do Porto.
Desde o início dos protestos no Irã, negar-se a cantar o hino do país é um dos gestos que os atletas iranianos realizam em solidariedade aos manifestantes.
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