Confira as atuações de cada continente na primeira rodada do Mundial

Veja como os representantes de cada federação atuaram na data de estreia do torneio no Catar e o que se espera de cada um deles na sequência na competição

Paulo Martins*

postado em 25/11/2022 13:52 / atualizado em 25/11/2022 13:58

Responsável pela surpresa da estreia da Copa do Mundo, a seleção da Arábia Saudita é uma das seleções que puxam as boas atuações do continente asiático, revelação da estreia - (crédito: AFP)

A primeira rodada da Copa do Mundo Qatar-2022 já está na história do futebol. Ao andar da segunda data de jogos a partir desta sexta-feira (25/11), o Correio traz um balanço continental de como atuaram as equipes em suas respectivas estreias nesta 21ª edição do Mundial, representando suas confederações pelas quais se qualificaram para se integrar a este campeonato.

O primeiro marco oficial contou com apenas cinco empates em 16 jogos, aproximadamente um placar igual a cada três duelos. Quatro destas igualdades sequer contaram com gols. Tal demonstração também se aplica no fato de 14 das 32 representações não terem balançado as redes, sendo quase metade dos times, um percentual de 43,7%. Veja, agora, como cada parte do planeta se saiu nos primeiros dias de competição.

América do Sul: duas vitórias, um empate e uma derrota; cinco gols marcados e dois gols sofridos

Brasil e Equador confirmaram suas expectativas e venceram seus jogos. O mesmo não se pode dizer dos platinos Uruguai e Argentina, pouco efetivos no ataque e em débito futebolístico e em pontos para as projeções nas próximas rodadas. Sob a sensação prévia de classificação de todos os sul-americanos, o poderio ofensivo deve ser chamado à atenção, a fim de melhorar seu desempenho.

Europa: sete vitórias, quatro empates e duas derrotas; 26 gols marcados e dez gols sofridos

É fato que algumas seleções como Inglaterra, França e Espanha cumpriram seu papel ao bater selecionados mais frágeis. Contudo, Bélgica, Holanda, Suíça e Portugal devem se alertar, apesar dos triunfos conquistados, para não terem em suas campanhas algumas surpresas desagradáveis como tiveram o País de Gales, a Dinamarca, a Polônia e, sobretudo, a Alemanha. A Mannschaft, além da esperada derrota sérvia, foi a única europeia a cair na rodada inicial, correndo sério risco de eliminação breve contra os espanhóis, em seguida.

Ásia: duas vitórias, um empate e três derrotas; sete gols marcados e 14 gols sofridos

Pode-se dizer que esta é a grata surpresa de momento. As atuações vitoriosas de Japão e Arábia Saudita, tidas como zebras, mostram uma nova ideia ao jogar futebol, sem temer seu adversário. O exemplo igualmente se aplica à Coreia do Sul, apesar do empate frente ao Uruguai. Por outro lado, os derrotados Catar, Austrália e Irã foram dominados e seus resultados não foram meros acidente de percurso, ainda que os persas tenham, entre os três, as maiores chances de seguir na competição.

América do Norte e Central: dois empates e duas derrotas; um gol marcado e oito gols sofridos

Os quatro times desta parte não tiveram resultados inesperados, com boas posturas apesar de os placares. Tirando o exemplo da goleada Costa Rica, as demais equipes se viram em posição de possibilidade de vencer seus jogos contra representações europeias, mostrando a capacidade de fazer bonito neste Mundial com um pouco mais de organização ofensiva e sorte, talvez.

África: dois empates e três derrotas; dois gols marcados e seis gols sofridos

O continente africano é o mais complicado de analisar nesta forma, pois, apesar dos números, não teve atuações negativas ao todo. Dentro dos contextos das partidas, apenas a Tunísia não apresentou um futebol acima das suas expectativas, e mesmo assim arrancou um empate contra a Dinamarca. Senegal, Camarões e Gana, mesmo derrotados, tiveram a chance de aprontar mais contra os difíceis rivais pelos quais passaram. O destaque é a seleção de Marrocos, a qual teve possibilidade de ganhar frente à competitiva Croácia, valendo-se de sua boa safra de jogadores, uma tendência inteiramente continental.

*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz