COPA DO MUNDO

Sem convocados pela terceira Copa seguida, Distrito Federal foca no futuro

No ciclo de quatro anos para o Mundial do Catar, apenas um brasiliense foi lembrado por Tite, em 2019. Mesmo sem nomes para 2022, capital federal vê em Endrick, Ângelo e Robert Renan chances de encerrar ausências daqui a quatro anos

Danilo Queiroz
postado em 07/11/2022 16:21 / atualizado em 07/11/2022 16:37
 (crédito:  Julien ZAJAC / JZ Photography / Vendee Actu)
(crédito: Julien ZAJAC / JZ Photography / Vendee Actu)

A temporada de 2022 para os jogadores nascidos no Distrito Federal foi especial. Mesmo sem times nas principais divisões do Campeonato Brasileiro — Brasiliense e Ceilândia estão apenas na Série D —, o futebol local viu nomes de futuros craques despontarem no cenário nacional. Entretanto, eles são peças apenas para o futuro. No presente, nenhum jogador nascido na capital federal apareceu na lista de 26 jogadores convocados por Tite, nesta segunda-feira (7/11), para lutar pelo hexa no Catar.

A ausência de candangos na relação de convocados amplia uma série negativas de três Mundiais sem representantes do Distrito Federal. A última Copa do Mundo com brasilienses em campo foi em 2010, na África do Sul. Na ocasião, o zagueiro Lúcio e o meio-campista Kaká estiveram no grupo comandado por Dunga, eliminado nas quartas de final com derrota para a Holanda. Nos três chamados seguintes, 72 nomes foram levados por Luiz Felipe Scolari e por Tite, mas nenhum era brasiliense.

Os jogadores presentes na última aparição candanga em uma convocação para a Copa do Mundo, inclusive, colocaram o nome na história durante a campanha da última conquista da Seleção Brasileira. Kaká e Lúcio estava presentes na trajetória do pentacampeonato tupiniquim no Mundial realizado no Japão e na Coreia do Sul, em 2002. O zagueiro o meio-campista também representaram o Distrito Federal na edição de 2006 do torneio, disputada na Alemanha.

No ciclo de quatro anos entre as Copas do Mundo da Rússia e do Catar, apenas um jogador nascido na capital federal esteve no radar de Tite. Natural de Santa Maria, o meio-campista Felipe Anderson, à época no West Ham, participou dos amistosos da Seleção Brasileira contra Panamá e República Tcheca. O brasiliense atuou por pouco mais de 20 minutos no primeiro compromisso. Hoje na Lazio, o jogador não foi mais convocado e não ampliou as chances de estar no Catar.

Os jogadores brasilienses Ângelo, Arthur Sousa e Robert Renan (foto) foram destaque na Seleção Brasileira sub-20 no Torneio Internacional do Uruguai. A equipe conseguiu a segunda colocação
Os jogadores brasilienses Ângelo, Arthur Sousa e Robert Renan (foto) foram destaque na Seleção Brasileira sub-20 no Torneio Internacional do Uruguai. A equipe conseguiu a segunda colocação (foto: Carlos Santana/CBF)

Futuro do DF

Com os 26 jogadores para o próximo Mundial definidos, o futebol do Distrito Federal passa a olhar para o futuro. Na atual edição da Série A do Campeonato Brasileiro, três jogadores naturais da capital federal começaram suas trajetórias por clubes grandes do país. Um quarto nome ainda está nas categorias de base. Porém, pode ser um fôlego brasiliense de olho na edição de 2026 da Copa do Mundo, marcada para ocorrer na sede tripla de Canadá, México e Estados Unidos.

A maior estrela brasiliense em ascensão atende pelo nome de Endrick. Nascido em Taguatinga e criado em Valparaíso de Goiás, o jovem atacante se destacou em torneios de base disputados com a camisa do Palmeiras. No primeiro semestre, ele venceu a Copinha, a Copa do Brasil Sub-17 e o Brasileirão Sub-20. Com a Seleção, brilhou no título do Torneio de Montaigu. Quando completou 16 anos, subiu aos profissionais do alviverde e participou da conquista da Série A. Em cinco jogos, marcou três gols e deu uma assistência.

Um ano mais velho, o atacante Ângelo Gabriel se consolida cada vez mais no Santos. Criado em Samambaia, o jovem jogador se firmou como titular do Peixe na temporada 2022. No ano, ele jogou 44 vezes, marcou dois gols, deu oito assistências e também desponta como nome forte do futuro candango. Lançado em 2020, ele virou o segundo jogador mais novo a estrear no time profissional do time alvinegro, com 15 anos, 10 meses e 4 dias, à frente de Pelé e atrás apenas de Coutinho.

No futebol paulista, estão outras duas promessas candangas. Seguindo os passos de Lúcio, o zagueiro ceilandense Robert Renan estreou neste ano no Corinthians e foi titular na defesa alvinegra nos últimos três jogos. O atleta é frequentemente elogiado pelo técnico português Vitor Pereira. Na base do Parque São Jorge, o atacante Arthur Sousa é o próximo candidato a elevar o Distrito Federal em um futuro próximo. Atualmente, o jogador, que deu os primeiros chutes na Asa Norte, desposta no time sub-20.

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