Por vezes pareceu que não, mas um Brasil pós-eleições parece ser possível. E um dos principais eventos que seguirá o pleito é bem conhecido dos brasileiros: a Copa do Mundo. A menos de um mês para a abertura dos jogos deste ano — a partida será entre Qatar e Equador e acontecerá no estádio Al Bayt, às 13h (de Brasília), no dia 20 de novembro — as expectativas só aumentam, sobretudo a de brasileiros, já que o futebol é uma das paixões nacionais.
"Não vemos a hora de ver as ruas de Doha (capital do Catar) preenchidas de torcedores de verde e amarelo em busca do hexa!", anseia a Bruna Bardavid, 35 anos, guia turística brasileira que mora na cidade — e uma das idealizadoras do portal Conexão Qatar. Bruna mora no país sede do evento esportivo há 6 anos, ela ressalta que o país que está em constante modernização, mas sempre preservando suas tradições. "Uma das coisas que mais gosto daqui é justamente isso", afirma a Bardavid.
A brasileira Aline Susanj, também é guia turística no país sede de Copa. Ela mora no Qatar desde 2018, "aprendi que morar no Qatar é se reinventar e valorizar novos padrões", diz. Ela ressaltou que a distância de sua família foi dificuldade superada.
Sobre as expectativas para a Copa, Aline enfatiza a felicidade em poder vivenciar o evento em um país tão diferente das terras tupiniquins. "A promessa é de uma Copa diferente de todas. A ideia é mostrar ao mundo um evento de grande porte, mas (também) mantendo as tradições locais".
Dados de 2021 da Secretaria de Assuntos Consulares, Cooperação e Cultura apontam que cerca de mil brasileiros moram no Qatar, país que sediará o evento esportivo. Vale ressaltar que o registro consular de brasileiros no exterior não é obrigatório — logo, os dados são apenas estimados.
Lauro Grott, diplomata da Embaixada do Brasil em Doha, reitera o esforço citado pelas brasileiras. "Esperamos que a Copa do Mundo no Catar seja exitosa, à luz das preparações intensas que vêm ocorrendo". Segundo o diplomata, o evento contribui para que as relações bilaterais entre ambos os países sejam reforçadas e que a cultura brasileira seja divulgada no país do Oriente Médio.
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Jogos na prática
A estreia do Brasil na Copa do Mundo 2022 está marcada para o dia 24 de novembro. O primeiro adversário será a Sérvia. O jogo acontecerá às 16h pelo horário de Brasília. "A recepção (dos jogadores) será naturalmente muito carinhosa pela comunidade brasileira que mora no Catar e também pelos próprios catarianos, grandes admiradores do nosso futebol", afirma Grott.
De acordo com dados do Comitê Organizador da Copa do Mundo, mais de 2,7 milhões de pessoas no planeta compraram ingresso para os jogos. A comercialização teve início no dia 27 de setembro. Deste total, 39.546 são brasileiros. O Brasil é o nono país que mais comprou ingressos para a Copa.
Como será o choque cultural?
O Mundial será sediado pela primeira vez por uma nação do Oriente Médio. Por ser um país islâmico, parte dos costumes do país diferem do cotidiano dos brasileiros. A Bruna Bardavid aponta dois principais pontos que podem chamar a atenção dos visitantes: vestimentas e bebidas alcoólicas. "Alguns lugares têm um código de vestimenta mais conservador e é de bom tom que seja respeitado. A venda de bebidas alcoólicas é restrita aos hotéis internacionais, porém no Mundial será comercializada em alguns outros lugares".
Lauro Grott também orienta o torcedor que faça um planejamento detalhado antes de viajar. "A Copa do Mundo é um dos grandes eventos mundiais, o que afeta o preço de passagens, hotéis e mesmo bens de consumo no local onde ela ocorre", antecipa o diplomata.
"A Copa do Mundo no Qatar está conhecida como a Copa da mobilidade, serão 8 estádios, mas diferente do Brasil, será possível ir em mais de um jogo por dia, dependendo do horário, apenas de metrô ou ônibus. Os qataris são bem receptivos, sem dúvida a cultura deve ser vivida nestes dias de visita ao país, apesar de 80% da população ser de estrangeiros, ainda assim a tradição local é bem forte por aqui", pontua Aline Susanj.
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*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes
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