No último Grande Prêmio do Japão, o holandês Max Verstappen, da Red Bull, venceu seu segundo título mundial na Fórmula 1. Com isto, o bicampeão conquistou a glória com cinco etapas de antecedência. Mesmo com o campeonato ainda por se completar, várias decisões ainda estão por vir, em relação ao campeonato de construtores, às melhores posições possíveis na tabela geral e a manutenção na categoria.
O maior dos destaques é a batalha pelo segundo lugar na temporada, que encontra situação bastante apertada. Na classificação, a diferença entre o vice-líder e o quinto colocado está em somente 51 pontos. Sérgio Pérez (Red Bull), Charles Leclerc (Ferrari), George Russell (Mercedes) e Carlos Sainz (Ferrari) são os principais postulantes e ocupam as posições citadas, respectivamente.
O próprio campeonato de construtores pode ter sua definição neste domingo (23/10), em combinação simples para a Red Bull. Para vencer o título entre as equipes, os austríacos devem obter uma vitória com qualquer um dos seus pilotos ou finalizar com ambos em terceiro e quarto lugar, também podendo ganhar a disputa nos Estados Unidos com a Ferrari tirando 18 pontos ou menos de diferença. Esta temporada tende a ser a primeira com título taurino desde 2013, rompendo uma sequência de oito anos da Mercedes.
Neste fim de semana, o estadunidense Logan Sargeant, piloto da Fórmula 2, foi oficialmente declarado como piloto da Williams para 2023. Com os anúncios recentes de Nyck de Vries na Alpha Tauri e Oscar Piastri na McLaren, ambos campeões da categoria secundária, resta apenas o assento da Haas para ser preenchido na temporada seguinte. Considerando o grid atual, três pilotos não têm posição garantida para o ano que vem: com Sebastian Vettel se aposentando, Daniel Ricciardo (McLaren), Mick Schumacher (Haas) e Nicholas Latifi (Williams) têm seus futuros incertos, podendo brigar por dito cockpit.
Um dos pretendentes à vaga na equipe estadunidense é brasileiro. Há três anos seguidos, Pietro Fittipaldi, neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, é suplente e já pilotou nos Grandes Prêmios de Sakhir e Abu Dhabi de 2020, ofuscando o colega de garagem Kevin Magnussen em ambas oportunidades. O paulista, assim como o atual campeão da Fórmula 2, Felipe Drugovich, reserva da Aston Martin, estarão em pista nos treinos na etapa final, no Circuito de Yas Marina, nos Emirados Árabes Unidos.
Em batalhas internas contra os companheiros de equipe, considerando escuderias frequentes na pontuação, as curtas diferenças podem esquentar as disputas no restante do campeonato. A dupla teoricamente mais equilibrada na pré-temporada era a da Ferrari e seus pilotos têm diferença atual de 50 pontos. Os britânicos da Mercedes têm distância ainda menor, com Russell 27 tentos à frente de Lewis Hamilton. Na surpreendente Alpine, Esteban Ocon tem 13 unidades a mais do que Fernando Alonso, de saída para a Aston Martin em 2023.
Enquanto a Red Bull é a virtual campeã de construtores, seguida por Ferrari e Mercedes, sem se incomodarem entre si, as demais disputas finais devem ter peso nas etapas restantes. Pelo quarto lugar, a Alpine leva vantagem curta de 13 tentos em relação à McLaren. A batalha maior deve ser pelo sexto posto, com cinco times agrupados a uma distância de 18 unidades: Alfa Romeo (52 pontos), Aston Martin (45 pontos), Haas e Alpha Tauri (ambos com 34 pontos) lutarão pelo posto. A Williams é a lanterna entre as escuderias, com oito unidades marcadas.
Classificação disputada
A luta pelo vice-campeonato já começou complicada para Charles Leclerc. O monegasco toma dez posições de penalidade por troca de peças do motor para a etapa em disputa. Sérgio Pérez, assim como Fernando Alonso, perde cinco posições por extrapolar o uso de motores permitidos pelo regulamento, pagos no grid neste fim de semana.
Na classificação do Grande Prêmio dos Estados Unidos, no fim de tarde americano deste sábado (22/10), o ferrarista anotou o segundo lugar e largará em 12º na corrida de amanhã. O mexicano, por sua vez, fechou a sessão qualificatória na quarta posição e saírá desde o nono posto.
Carlos Sainz, sedento por recuperação, anotou 1:34.356, tempo da pole position. O espanhol larga ao lado de Verstappen, com ambas Mercedes na segunda fila. A corrida no Circuito das Américas, na cidade texana de Austin, começa às 17h deste domingo (23/10), com transmissão da Band.
* Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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