Os vencedores da 66ª edição da Bola de Ouro, uma tradução direta para o Ballon D’Or, no idioma original, foram anunciados em Paris, nesta segunda-feira (17/10). Os prêmios são uma honraria da revista France Football, entregues anualmente aos melhores do mundo em diversas categorias escolhidas pelo meio.
Apresentado pela jornalista Sandy Héribert e pelo ex-atacante Didier Drogba, a cerimônia apresentada em francês foi iniciada após apresentação de Andrea Bocelli, com a ópera Nessun Dorma, enquanto os vencedores históricos foram apresentados. O Troféu Kopa, de melhor jogador do mundo até 21 anos, foi dado para o meia Gavi, do Barcelona, abrindo as premiações.
A partir de dito momento, foram divulgadas o oitavo, nono e décimo melhores do mundo na última temporada europeia, com Vinicius Junior, Luka Modric e Erling Haaland ocupando respectivas posições. O primeiro Prêmio Sócrates da história, divulgado em seguida, para trabalhos de personalidade além do campo esportivo, sobretudo por projetos sociais, foi recebido por Sadio Mané, do Liverpool, a partir das mãos de Raí, irmão do ídolo corintiano.
O título de artilheiro do ano, com o Troféu Gerd Müller, foi recebido por Robert Lewandowski, do Barcelona. Logo mais posições do top 10 foram anunciadas: Mohamed Salah foi o quinto, Kyllian Mbappé o sexto e Thibaut Courtois o sétimo. O goleiro do Real Madrid, inclusive, foi o vencedor do Troféu Yashin, o melhor da posição na última temporada. O time merengue era cotado a receber a honraria de Clube do Ano das mãos de seu ex-jogador e campeão individual em 2000, mas este ficou com o Manchester City.
O bicampeonato de Putellas
A Bola de Ouro Feminina foi entregue por Andriy Shevchenko. O ex-companheiro de Drogba no Chelsea representou a Ucrânia, em situação de guerra, sendo lembrado por sua conquista pessoal na categoria masculina em 2004. A atacante do Barcelona Alexia Putellas foi novamente nomeada campeã do prêmio, vencendo-o pelo segundo ano seguido.
Incrédula pela conquista, a espanhola se mostrou feliz e realizada por superar uma grave lesão nesta intertemporada. “A verdade é que há um ano, quando consegui o primeiro prêmio, eu me propus a melhorar neste ano por serviço ao time. Sem minhas companheiras isso não seria possível. Achei que não seria possível após romper o joelho. Espero que da próxima vez eu tenha que voltar a campo da melhor forma possível”, declarou.
Confirmando o esperado
Ao restar os quatro melhores do mundo por anunciar, Zinedine Zidane foi o escolhido pela revista francesa para entregar o prêmio. Entrando ao palco com o troféu de melhor do mundo, o ex-camisa 10 da seleção nacional logo anunciou seu compatriota, Karim Benzema, como vencedor da honra.
Muito aplaudido por toda a plateia presente, o centroavante do Real Madrid destacou o prêmio como uma graça geral. “Penso em todo o trabalho que nunca deixei: cresci com isso na minha cabeça e tive grandes motivações na minha vida. Eu me orgulho do meu percurso, tive um período difícil, mas que me deu mais forma mentalmente para estar aqui hoje, satisfeito com o meu trabalho. Gostaria de agradecer a todos os que participaram comigo. Para mim é uma honra mais que individual, mas coletiva”, discursou o Bola de Ouro.
Na temporada europeia de 2021/2022, Benzema anotou 44 gols e deu 15 assistências em 46 jogos. O rendimento, auxiliado por um forte fator de decisão nas horas difíceis em que se precisou do argelino naturalizado francês, rendeu ao Real Madrid mais uma Liga dos Campeões, além do Campeonato Espanhol.
A ordem dos melhores no prêmio seguiu com Sadio Mané em segundo, Kevin De Bruyne, do Manchester City, em terceiro e Robert Lewandowski em quarto. Com a conquista de Benzema, a França iguala a Alemanha e a Holanda como os maiores vencedores do prêmio, com sete jogadores.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
Saiba Mais