O sonho brasileiro pelo título inédito do Campeonato Mundial Feminino de vôlei segue mais vivo do que nunca. Nesta quinta-feira (13/10), as meninas do Brasil enfrentaram a Itália em Apeldoorn, na Holanda, venceram por 3 sets a 1 (parciais 25/23, 25/22, 26/24 e 25/19) e garantiram vaga na decisão do torneio.
"Eu não consigo segurar minhas emoções, estou orgulhosa do time. Elas são demais. Viemos para chegar a final, passo a passo. Jogamos contra a Itália, que é um grande time, tem a Egonu, uma das melhores atacantes do mundo. Estou muito feliz e orgulhosa das minhas companheiras", disse a central Carol.
O último ato do esquadrão brasileiro no Mundial será no próximo sábado (15/12), às 15h, diante da Sérvia. Na semifinal, as europeias passaram pelos Estados Unidos, também por 3 sets a 1.
O jogo
Emoção não faltou no primeiro set. Lideradas pela oposta Paola Egonu, as italianas até esboçaram deslanchar com o 14 x 11 no placar, mas o tempo pedido pelo técnico Zé Roberto Guimarães foi o suficiente para reorganizar o Brasil. À frente da rede, o bloqueio liderado por Gabi foi um dos pilares verde-amarelos para o empate e a virada. Foram cinco pontos no quesito. Na reta final, os pontos trocados deixaram o confronto em aberto. As brasileiras assumiram a liderança com o 23 x 22 e suportam a pressão adversária para fechar por 25 x 23.
A parcial seguinte seguiu o enredo de equilíbrio. As meninas do Brasil não diminuíram o ritmo e abriram 2 x 0 no marcador. No entanto, a Itália encontrou brechas para sair da desvantagem e virar para 3 x 2. No melhor momento na partida, a Seleção Brasileira contou com a potência das bolas de Lorenne para abrir 8 x 5 e ficar em situação confortável. Ciente de que era preciso de mais para conter o ímpeto verde-amarelo, o técnico Davide Mazzanti ajustou a marcação italiana e viu a equipe dominar nos minutos finais e vencer o set por 25 x 22.
A terceira parte do duelo foi dividida em três atos. A primeira, ficou marcada pela autoridade brasileira. As comandadas de Zé Roberto Guimarães foram superiores no início da parcial e abriram 18 x 14 no placar da semifinal. A equipe, porém, não contava com a reação adversária. O prejuízo italiano que era de quatro pontos, foi caindo conforme o Brasil se aproximava de fechar o set. Com o 21 x 21, as duas seleções falharam e também se aproveitaram dos erros para trocarem pontos. A experiência de Carol Gattaz foi fundamental para a vitória por 26 x 24.
No quarto set, a Seleção Brasileira deixou o nervosismo de lado e deixou o melhor em quadra para dominar as italianas. A vantagem de quatro pontos no início da parcial indicava um Brasil mais agressivo e disposto a não deixar a classificação escapar. A sintonia entre Gattaz, Rosamaria e Carol funcionou bem e a companhia verde-amarela colocou sete pontos à frente com o 14 x 7. Com o cenário favorável, o Brasil controlou os ânimos, segurou as adversárias como pôde para vencer por 25 x 19 e avançar à final do Mundial.
*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz