Tênis

Fernando González crê no tênis sul-americano: 'pode ser como há 15 anos'

O ex-tenista ressaltou as capacidades e dificuldades do perfil atual dos jogadores na América do Sul, em evento na capital federal

O cenário do tênis continental chama a atenção para eventos como o ATP Champions Tour Brasília, que acontece na capital brasileira neste fim de semana. Figuras como David Ferrer, Tommy Haas e Fernando González se fazem presentes na cidade em graça ao esporte e suas memórias, com exibições dos nomes consagrados. O chileno, inclusive, reflete a nova fase da modalidade e os perfis novos dos jogadores sul-americanos, em entrevista ao Correio.

González lembrou da era em que conviveu e jogou com o lendário Gustavo Kuerten, o Guga, pensando na nova safra continental. “Nossa geração foi muito forte na América do Sul, pois fomos protagonistas por um tempo, mas acho que os novos talentos têm muita vontade. Claramente vão voltar a ser grandes protagonistas do circuito. Não sei se pode ser um polo como a Europa, mas pode ser importante como foi há 15 anos, com 20 tenistas do continente no top 100”, compara.

Diversos fatores e quesitos interferem nas diferenças para nascer um jogador profissional na América do Sul, em relação ao restante do globo. “Com os europeus, por exemplo, sempre vai ser difícil de competir porque eles têm mais jogadores, a competição é maior e a geografia os ajuda muito, por estarem bem pertos e assim melhoram todos por igual. Temos um problemas com as distâncias e na Europa isso ajuda no desenvolvimento com as distâncias curtas”, declara González, como chave para um crescimento mais rápido do esporte no Velho Continente.

Para nomes que viveram profissional de forma consagrada, como Fernando, é difícil deslocar-se para competir no continente de origem em comparação às grandes matrizes do esporte. “Vejo que há mais torneios acontecendo na América do Sul, ainda que não me pareça bom. Fica mais difícil de jogar e competir, mas o jogador sul-americano tem mais vontade e, hoje, é mais competitivo. Talvez demore, na média, a se desenvolver em mais tempo do que o europeu, com um desgaste nesse sentido”, explica o chileno.

*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz

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