Em uma noite com promessa para festas no Ginásio da Asceb, o Cerrado perdeu, além de um dos seus principais jogadores, seu terceiro compromisso pelo Novo Basquete Brasil (NBB). Na noite dessa sexta-feira (28/10), o time do Distrito Federal caiu por 80 x 69 para o Bauru, e segue sem triunfar em casa pela competição.
Os mandantes prepararam uma surpresa logo após a execução do hino nacional, ao inaugurar uma tela no ginásio a luzes apagadas, em homenagem para o armador oponente Alex Garcia. A imagem do camisa 10 bauruense agora se situa em um dos espaços onde tradicionalmente ficavam homenagens aos ídolos do Brasília Basquete, arquirrival dos alviverdes no cenário interno, sendo o cestinha com assombrosos 25 pontos. Em seguida, o adversário recebeu uma camisa autografada pelos atletas da instituição local.
1º Quarto: Marcação é a chave
As jogadas trabalhadas eram a tônica inicial do jogo, mostrando capacidade para alta pontuação, ainda que a partida tenha começado com três turnovers seguidos, quando um time perde a posse antes de arremessar. Porém, o jogo deixou de ganhar em arremessos para se tornar uma batalha pelo garrafão em ambos lados. Os brasilienses chegaram a abrir quatro pontos de vantagem na metade do período.
A marcação era o carro-chefe cerradista, permitindo pouca janela de chute quando os bauruenses possuíam a bola. Os donos do jogo eram, claramente, os alas estadunidenses do time, AJ Harris (estreante da noite) e Keyron Sheard somando para 10 pontos, juntos. Os visitantes fecharam a parcela inicial abaixo dos 30% em mais de 15 tentativas para dois pontos.
2º Quarto: Recuperação visitante
O técnico do Bauru, Guerrinha, se mostrava nervoso com os erros ofensivos, e a maior rotatividade com a bola contribuiu para a gradual aproximação no marcador. Com sucessivas bolas desde a zona morta, Alex não demorou a superar os 10 pontos pessoais, sendo gradualmente seguido pelo armador argentino Jonathan Machuca. Os paulistas voltaram a liderar nos cinco minutos finais, primeira oportunidade desde o registro inicial.
Do lado local, o pivô Ruan Miranda era caçado, mas dominava o garrafão, sendo o primeiro atleta alviverde a superar a casa de dezena, com sua característica enterrada. O camisa oito fechou o primeiro tempo com a maior efetividade em quadra, convertendo 78% de suas tentativas. Entretanto, coletivamente, os paulistas fizeram valer a posse, saindo para os vestiários dois tentos à frente. Com cada período vencido por uma equipe, o jogo estava equilibrado.
3º Quarto: Perda no placar e no time
A primeira bola do retorno mostrou como Ruan chama a responsabilidade de seu time, com um chute distante ao fim da posse. Do outro lado, Alex arrancou com cinco pontos na metade do período, errando em apenas uma das suas três oportunidades de ataque infiltrando o garrafão, marcando seu território além da homenagem prestada pelos alviverdes. Entretanto, as faltas e os lances livres dos americanos contribuíram para a retomada candanga: os bauruenses excederam o limite de falta aos seis minutos de jogo, no segundo tempo.
Guerrinha parou o jogo pela primeira vez somente com a reviravolta no marcador. A parada surtiu efeito, com uma desvantagem de duas unidades se tornando um ganho de cinco tentos. Faltando um minuto para o fim do período, em uma tentativa de rebote, Ruan sentiu dores musculares nas duas coxas e foi atendido em quadra, no que deu a parecer uma lesão grave, com o pivô estando mais de três minutos no solo do Ginásio da Asceb até ser carregado ao lado externo do terreno de jogo.
4º Quarto: A ausência sentida
Vindo para a parte final, com um revés de seis pontos e sem seu principal jogador, o Cerrado se guiou pelos seus alas gringos para buscar a vitória, com ambos assumindo, desta vez, a responsabilidade da partida. Porém, sem os americanos com a bola, os locais cometeram três airballs seguidos, sem sequer tocar a tabela.
O técnico Quentin Hillsman solicitou o primeiro timeout dos mandantes a menos de quatro minutos do fim. A pontuação subiu, porém para ambos lados e sequer o estouro de faltas dos paulistas fez os locais reduzirem a diferença, via de regra na casa de meia dezena. Sem os estrangeiros em evidência, o alviverde errou nos chutes enquanto o Dragão se aproveitava do tempo e dos espaços livres para liquidar o jogo.
A representação candanga volta às quadras na próxima quinta-feira (3/11), ao visitar o União Corinthians na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, às 19h30. Os paulistas jogam em sua casa, o Ginásio Panela de Pressão, na terça-feira (1º/11), às 20h, diante do Flamengo.
* Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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