O Brasília Basquete encerrou bem sua passagem pela região Nordeste, vencendo o Fortaleza/Basquete Cearense por 75 x 62, no ginásio do Centro de Formação Olímpica (CFO), na noite desta quarta-feira (19/10). O triunfo representa a primeira vitória da equipe da capital federal no Novo Basquete Brasil (NBB).
Um bom ataque no primeiro tempo deu espaço para a rotação participar do jogo. O cestinha do lado candango, inclusive, veio do banco de reservas, com os 15 tentos anotados por Du Sommer. Além do ala/pivô, Gui Lessa, Ricardo Fischer e Gemadinha também superaram a casa de dezena nas pontuações. Porém, a vitória para a equipe celeste veio de um jeito mais difícil que o esperado, com apagões pontuais com e sem a bola, permitindo chegadas em sequência dos locais, controladas, sobretudo, pelo técnico Dedé Barbosa.
1º Quarto: Imposição defensiva traz comodidade
O começo do período foi marcado por erros no domínio de bola, com baixa pontuação em ambas as partes. O Brasília começava a buscar cestas desde o perímetro, encontrando pontos triplos em cestas de Gemadinha, Douglas Santos e Arthur na primeira metade do quarto. A procura pelo garrafão e pelo jogo físico era difícil, com o Fortaleza errando passes em uma defesa compacta debaixo da cesta. Com nove pontos atrás no marcador, faltando quatro minutos no relógio, o técnico Flávio dos Santos Soares, o Espiga, pediu timeout.
A retaguarda seguia sendo o carro-chefe dos candangos, permitindo cada vez menos espaço de infiltração e forçando faltas de ataque. Os locais estouraram o limite de infrações com sete minutos de jogo. Sem pressa para abrir brechas no placar, a equipe celeste fez os cearenses passarem os sete minutos finais sem anotar, desperdiçando oportunidades no aro.
2º Quarto: Boa gestão de placar
O jogo seguiu com menor ritmo de pontuação: os erros do ataque fizeram os brasilienses não pontuar por quatro minutos e meio, enquanto os nordestinos diminuíram apenas de 15 para 12 pontos a vantagem visitante. A breve entrada do cubano Calderón fez diferença nos dois lados do garrafão, dando mais chances de chute para seus companheiros e amedrontando o ataque interno do time do Distrito Federal.
Um momento mais faltoso, com cinco pontos sofridos em menos de dois minutos, fez Dedé Barbosa solicitar tempo técnico. O pedido contrário veio com uma abertura de 6 x 0 seguido à conversa no banco de reservas. A gestão no placar se manteve até o final do primeiro tempo, encerrado com o marcador registrando 38 x 20 a favor do Brasília Basquete. Curiosamente, o técnico celeste sempre falava com seus cinco jogadores em quadra quando a bola parava, configurando uma rígida gestão nas quatro linhas.
3º Quarto: Reação após queda de produção
Os 5 x 0 dos mandantes no primeiro minuto do retorno após o intervalo servem de sinal de alerta para apagões ofensivos. Aos três minutos da etapa final, o jogo tinha tantas faltas como pontos, e os candangos não pontuaram por seis minutos e meio, considerando os arremessos de quadra. A diferença caiu para menos de dez pontos na metade do período.
Após voltar a ter ritmo, sem que Dedé parasse o jogo, a retomada de pontuação constante do Brasília fez o técnico Espiga pedir timeout, com a abertura voltando a superar a casa de dezena. Com o jogo bem manejado, os brasilienses logo chegaram à meia-centena de pontos, fechando o terceiro período com 12 pontos de dianteira.
4º Quarto: Sangue frio para definir
Com menos de dois minutos, o Fortaleza voltou a anotar 5 x 0 na sequência e fez Dedé Barbosa parar a partida para reajustar a equipe. Apostando no ritmo rápido, os locais envolviam a defesa forçando contato faltoso. Não contavam com as bolas triplas de Ricardo Fischer e Gemadinha, pausando a ideia de jogo dos cearenses.
As aproximações esporádicas dos mandantes no marcador em nada assustavam o Brasília, pontuando no momento necessário, quando o jogo tendia a esquentar a favor do time da casa. A forma ofensiva pouco efetiva do Basquete Cearense complicava uma reação, dando a deixa para os visitantes consolidarem a vitória.
Dono de 12 pontos e sete assistências, o ala/armador Gui Lessa falou na importância do ajuste defensivo como ponto fundamental para somar o primeiro triunfo na competição. “A gente foi muito apático no primeiro jogo e arrumamos a defesa e viemos preparados para fortalecer a defesa e estar bem posicionado. A vitória é importante ara agente para ser importante no campeonato”, destaca.
O próximo jogo dos celestes será em sua estreia em casa, no Ginásio Nilson Nelson, às 19h30 de segunda-feira (24/10), no clássico diante do Pinheiros. Por penalização vinda da temporada passada, a partida será com portões fechados aos torcedores, que podem voltar a ver sua equipe na quarta-feira (26/10), frente ao Bauru.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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