O futebol argentino tem um fim em sua era: após oito anos à frente do River Plate, Marcelo Gallardo anunciou sua saída do clube nesta quinta-feira (13/10) em coletiva de imprensa na capital Buenos Aires. O negativo ano na equipe de Núñez pode ter influenciado com que “El Muñeco” não quisesse seguir em seu primeiro ano ainda sem títulos.
Mesmo contrariado, o atual treinador do alvirrubro portenho se disse convicto ao não seguir no clube. “Comuniquei aos dirigentes que não seguirei ao final do contrato. É uma das decisões mais difíceis e sentidas para mim e é um momento delicado para eu me expressar”, explicou o treinador.
O técnico, que também se converteu em ídolo como jogador, ao conquistar a Libertadores de 1996, assumiu em 2014 no lugar de Ramón Díaz, seu dirigente no bicampeonato da América conquistado pela equipe argentina. Desde então, ganhou praticamente tudo à frente de seu clube, começando com uma Copa Sul-Americana já em seu ano de estreia.
Gallardo não foi apelidado como “Napoleão” pela torcida millonaria à toa: seu reinado continental seguiu em 2015, quando se tornou o quinto argentino a ser campeão da máxima copa da América do Sul como técnico e jogador na vida. Um feito exclusivo para Renato Portaluppi, entre os brasileiros. Sua sequência de títulos ainda perdurou pelos anos seguintes, com três Copas Argentinas (2016, 2017 e 2019), bem como a Libertadores mais importante da história do clube, em 2018, contra seu arquirrival Boca Juniors, no Estádio Santiago Bernabéu, na capital espanhola, Madrid.
Agora, o treinador terá tempo para ser cogitado nos mais diversos mercados do futebol mundial, uma vez que deixa o clube com a maior passagem histórica de um treinador em todos os tempos no continente. Dita marca pertencia também ao River: entre 1975 e 1981, quando Ángel Labruna conseguiu a primeira Libertadores e o único Mundial de Clubes da equipe portenha, em 1986.
A história feita por Marcelo Gallardo o consola, com o sentimento de dever cumprido em sua vida nos bancos de reserva da equipe. “Além da tristeza, tenho uma paz interna que me faz estar bem comigo mesmo porque o longo caminho percorrido nestes anos me faz sentir muitíssimo orgulho”, destaca.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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