Milhões de corações espalhados pelo país batem ansiosamente pelo primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, entre Corinthians e Flamengo, nesta quarta-feira (12/10), às 21h45. Apaixonados do Distrito Federal pela dupla mais popular do futebol nacional não veem a hora da bola rolar na Neo Química Arena, especialmente os fãs mirins. No Dia das Crianças, o presente delas é uma das finais mais aguardadas da temporada.
No clima da disputa pelo segundo troféu mais importante do país, o Correio reuniu, no Mané Garrincha, quatro dos milhares de jovens alvinegros e rubro-negros de Brasília. Todos eles, com muito amor à bandeira e confiantes na vitória. No entanto, só um lado poderá testemunhar a escrita de mais um capítulo de glória nas páginas centenárias dos times do coração.
Os integrantes do bando de loucos do quadradinho são de Ceilândia. Giovanna Sousa, de 12 anos, e Gustavo Tévez, 17, não escondem a paixão pelo Timão. Primos, os dois contam que o sentimento pela equipe do Parque São Jorge vem desde o berço. "O Corinthians é coisa de família. Eu gosto de ser corintiana. Para mim, é um time com uma bela história bacana, mas que também sofre bastante. Não gosto de sofrer assim, mas faz parte", brinca a pequena torcedora.
O nome já diz tudo. Gustavo Tévez não é um torcedor comum. Xará do argentino Carlitos Tévez, ídolo e protagonista do tetracampeonato brasileiro em 2005, o brasiliense é fanático e carrega com orgulho a homenagem a um dos mais importantes jogadores da história recente do clube paulista. "Gosto desse nome. Quando fui crescendo, pesquisei mais sobre o Tévez argentino e a importância dele para o time. Minha mãe achou ruim no início, mas aceitou a ideia e resolveu acrescentar o 'Gustavo'. A junção ficou boa", revela.
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Fiel, a dupla alvinegra não fica em cima do muro na hora de arriscar um placar para o primeiro ato da final. "Como todo bom sofredor corintiano, creio na 'goleada' por 1 x 0 para levar a vantagem para o Rio de Janeiro. O importante é seguir vivo e tentar conquistar mais um título", ressalta Tévez. Giovanna também prospecta uma partida truncada. "É coisa de 1 x 0. Não vai ser fácil, mas dá para sair na frente e tentar ser campeão. É a primeira final que acompanho de fato. Estou ansiosa", compartilha.
Atentos à movimentação da torcida corintiana, a base da torcida flamenguista no centro do país também promete uma grande festa para acompanhar a final. Moradores de Arniqueira, os irmãos Arthur, de 18 anos, e Davi Zara, 12, são pé-quentes e esperam repetir a dose de conquistas, como as da Libertadores (2019), do Brasileirão (2020 e 2021) e da Supercopa do Brasil (2020 e 2021).
Assim como no caso dos corintianos, a paixão dos irmão pelo Flamengo também é algo de família, um sentimento introduzido desde os primeiros dias de vida. Para eles, é como se a devoção ao vermelho e preto do fosse de sangue. "Comecei a torcer pelo incentivo da família. Meu pai, meu irmão e minha mãe são flamenguistas. Então, segui o mesmo caminho. É uma paixão que só aumenta", declara o caçula Davi.
Um dos responsáveis por incentivar o irmão a acompanhar a companhia da Gávea, Arthur também faz juras de amor ao clube rubro-negro. "É um sentimento que cresce cada vez mais. Não me vejo torcendo para outro clube. Se tem uma coisa que gosto no futebol, é esse sentimento, essa paixão. O futebol vai muito além da bola", manifesta o torcedor.
Menos contidos em comparação aos corintianos, os rubro-negros do DF enxergam, além da possibilidade de trunfo na casa adversária, uma boa vantagem para a decisão do próximo 19 de outubro, no Estádio do Maracanã. "Acredito na vitória por 2 x 0", diz Arthur. Davi segue o mesmo raciocínio do irmão mais velho. "Uma vitória por 2 x 0, com dois gols do Pedro ou até mesmo um de Pedro e outro de Gabigol. Vou comemorar bastante, caso o time seja campeão", crava.
*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz
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