Via de regra, os grandes campeões das copas são lembrados por seus técnicos estrategistas, sabendo configurar seus estilos de jogo frente a uma decisão. Curiosamente, a final da Copa do Brasil de 2022 traz dois treinadores com pouco aproveitamento histórico em torneios de caráter eliminatório: tanto Vítor Pereira, do Corinthians, quanto Dorival Júnior, do Flamengo, tentam seu segundo título neste formato em toda a carreira.
Para isto, o duelo dos professores de Corinthians e Flamengo, que se inicia nesta quarta-feira (12/10), às 21h45, na Neo Química Arena, pode ser parte fundamental na carreira de ambos. O título solitário em copas de Dorival Jr. aconteceu há mais de uma década, em um time para lá de especial. O Santos de 2010, campeão da Libertadores no ano seguinte sob o comando de Muricy Ramalho, era uma máquina pronta para fazer sucesso no futebol brasileiro.
Contando com nomes como Neymar, Paulo Henrique Ganso, Arouca, Robinho, Felipe Anderson, Danilo e Alex Sandro, o esquadrão do Peixe é taxado como um dos maiores do Século XXI no país. Na Copa do Brasil de 2010, a equipe da Baixada aplicou duas das maiores goleadas da história da competição: 10 x 0 na Naviraiense, de Mato Grosso do Sul, pela primeira fase, e 8 x 1 no Guarani, no jogo de ida das oitavas de final.
A assustadora performance serviu também para despachar Remo, Atlético-MG e Grêmio para alcançar a final. Na primeira das decisões diante do Vitória, em casa, veio o triunfo por 2 x 0. A derrota na Bahia por 2 x 1 foi insuficiente para tirar do Alvinegro Praiano sua primeira copa nacional. Em 2022, o comandante flamenguista vai à luta pelo seu segundo título de elite, tendo além disso conquistado a Série B em 2009, pelo Vasco.
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Taça na Grécia
O único título em copas na carreira do português Vítor Pereira se deu em sua passagem pela Grécia, há sete anos. Em janeiro de 2015, na metade daquela temporada europeia, iniciada em agosto de 2014, o luso chegou ao comando do Olympiakos para ganhar tudo a nível nacional, incluindo a taça helênica.
A equipe contava com nomes interessantes e experientes, como o atacante argentino e ex-Benfica Javier Saviola, o renomado centroavante grego Konstantinos Mitroglou, que em seguida jogaria no país natal de seu comandado, também com a camisa encarnada, e o meia holandês Ibrahim Afellay, consagrado no Barcelona, além do lateral brasileiro Leandro Salino, com passagem anterior pelo Flamengo.
Após liderar o Grupo A e superar as oitavas de final, o time do atual treinador corintiano passou por classificação na justiça desportiva na etapa seguinte: incidentes de torcida contra o AEK de Atenas favoreceram a passagem para as semifinais. O placar agregado estava em 1 x 1, resultado do jogo de ida.
A final da competição ocorreu contra o Xanthi, carrasco do arquirrival do Olympiakos, o Panathinaikos, nas oitavas. Com os imponentes 3 x 1 em jogo único, o português foi vencedor em mata-matas de forma inédita na carreira. Mais acostumado a ganhar ligas, como em sua fase áurea com o bicampeonato no Porto e no título chinês pelo Shanghai SIPG, Vítor Pereira terá a oportunidade de ampliar seu número de copas, inaugurando o espaço brasileiro em sua sala pessoal de troféus.
*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz
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