A manhã de segunda-feira (26/9) foi marcada por uma cena chocante. A competição que garante uma vaga direta para as Olimpíadas de Paris-2024 exibiu trocação de socos entre as jogadoras do mesmo time, Salimatou Kourouma e Kamite Elisabeth. As atletas da seleção de Mali perderam para a Sérvia, por 81 x 68, mas a cena lamentável foi a violência em Sydney, na Austrália. A Fiba ainda não indicou se as duas jogadores da seleçao africana serão sancionados.
A confusão na disputa já poderia ser prevista logo no começo da coletiva de imprensa, quando a Sérvia Sasa Cado, cestinha da partida, com 20 pontos, concedia entrevista. Na transmissão pela emissora ESPN foi possível perceber uma grande gritaria e as atletas de Mali invadiram o cenário para afastar Kourouma e Dabou, além das atletas.
Apesar de não se saber o motivo ou o desfecho da história, Mali lançou um pronunciamento sobre o ocorrido. “Elas se arrependem profundamente de seus comportamentos. Gostaria de salientar que esta não é realmente a imagem que queríamos transmitir, Deus sabe que nos damos bem, e infelizmente, esse foi um deslize que gostaríamos de evitar.", reagiu o líder malinês Touty Gandega no Twitter.
Logo após, pediu desculpas pelo ocorrido. "A jogadora do AS Aulnoye (Liga Francesa 2) está ciente de que este episódio foi uma loucura", disse o representante.
Ainda não se sabe o verdadeiro motivo da briga, mas o nervosismo de Mali na campanha está elevado. A temporada até aqui na Copa do Mundo de basquete feminino não é boa. Nos seus quatro jogos, não há nenhuma vitória. O time registra o segundo pior desempenho da competição. Perde somente para a Bósnia com um aproveitamento negativo de -128 pontos.
Mali só está jogando no torneio porque a campeã africana Nigéria, que derrotou seus compatriotas da África Ocidental no Afrobasket feminino do ano passado, foi retirada do torneio por seu governo devido a problemas. A seleção já mostrava dificuldades, na categoria masculina, os integrantes não puderam participar ativamente do esporte pela falta de dinheiro para alimentação e viagem. Dessa forma, o basquete nigeriano não irá ter nenhuma atuação por dois anos.
Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima