O Brasil voltou a brilhar neste domingo no Mundial de Ginástica Rítmica disputado em Sófia, na Bulgária. Depois do quinto lugar na competição geral na última sexta-feira (16/9) o país terminou em quarto lugar no conjunto simples. As comandadas da técnica Camila Farezin somaram 33,350 pontos e ficaram atrás apenas da campeã Itália (34,950), de Israel (34,050), que ficou com a prata, e da Espanha (33,800), que conquistou o bronze.
Antes, o melhor resultado do Brasil numa série específica (simples ou mista) havia sido o sétimo lugar registrado na série simples (cinco bolas) do Mundial de Kitakyushu, no Japão, em 2021. O Brasil deixou para trás a Bulgária, atual campeã olímpica, e mais dois finalistas nos Jogos de 2021: a China, quarta colocada em Tóquio, e o Japão, oitavo.
“A gente está superfeliz e realizada com esse quarto lugar, que tem até um gostinho de bronze. Provamos desta vez que é possível chegarmos lá. São muitos anos de trabalho duro. Essas meninas são fora de série. Trabalhamos muito para chegar aqui e fazer história e fizemos mesmo. Agora é comemorar”, emociona-se Camila Farezin. Ela assumiu o cargo em 2011.
Uma das mais experientes do grupo, Déborah Medrado valorizou o esforço da Seleção. “O nosso sentimento é de muita gratidão, de muita felicidade. Só Deus sabe o tanto de coisas às quais tivemos que abdicar, o quanto a gente se doou, o quanto a gente se entregou pra este campeonato e pra trazer resultados inéditos para o Brasil. Nós somos o melhor conjunto da história do Brasil e estamos muito, muito, muito felizes por fazer história para o nossopaís”, disse a capixaba. “Nós somos agora uma potência mundial na ginástica rítmica. Estamos chegando lá. Tudo isso é fruto de muita superação, resiliência, união, foco. É o momento mais emocionante da minha vida”, celebra.
“A gente chegar aqui e provar que o Brasil é uma potência na ginástica rítmica, para nós não tem preço. Foi por muito pouco que não conquistamos uma medalha. Esses resultados são fruto de um trabalho de anos. Temos nos dedicado muito para buscar essa evolução, e saímos daqui com a sensação do dever cumprido. Demos todo o nosso coração e toda a nossa alma”, afirmou a capitã da equipe, Maria Eduarda Arakaki.
O Brasil participa dos Mundiais nos conjuntos desde a sexta edição, disputada em 1973, em Roterdã, na Holanda. As disputas de conjuntos foram introduzidas na programação na terceira edição do evento, em 1967, em Copenhague, na Dinamarca.