Enquanto boa parte dos clubes brasileiros vive a escassez de um meia clássico para organizar e distribuir o jogo, Corinthians e Fluminense ostentam dois jogadores do mais alto quilate na posição. Capazes de resolver partidas decisivas como a desta quinta-feira (15/9), às 20h, na Neo Química Arena, em São Paulo, Renato Augusto e Paulo Henrique Ganso são as principais armas de suas equipes no capítulo final do duelo que definirá o segundo finalista da Copa do Brasil.
Assim como um bom vinho, o tempo parece ter feito bem a Renato Augusto. Embora divida parte da temporada com lesões, quando tem condições de jogo, ele não costuma deixar o técnico Vítor Pereira na mão. Foi do camisa 8, inclusive, o primeiro gol alvinegro que evitou a derrota logo na ida, no Maracanã. Nada ilustra melhor a importância do maestro corintiano do que a participação em gols. Das últimas 10 bolas na rede do time do Parque São Jorge, cinco tiveram a colaboração do ídolo, com quatro assistências e um tento anotado.
Em alto nível, com direito a tímidos clamores da torcida por uma convocação à Seleção Brasileira, Paulo Henrique Ganso é o pilar do Fluminense de Fernando Diniz. Além de equilibrar o meio de campo tricolor, o camisa 10 é uma verdadeira tormenta para as defesas adversárias. A qualidade no passe, capaz de quebrar linhas, somada à excelente visão de jogo, costumam ser motivos de preocupação para os rivais.
Na atual temporada, o maestro do Flu vive uma das melhores fases da carreira desde a saída do Santos, em 2012. Até o momento, o resgaste do futebol vistoso de Ganso soma sete gols e oito assistências. Os números o credenciam como um dos principais jogadores do futebol brasileiro. O maior reflexo é a competitividade de um Fluminense pouco cotado aos principais campeonatos antes de a bola rolar. O estilo ofensivo carioca, regido por Ganso, leva a equipe carioca a ocupar a quarta colocação no Brasileirão e ainda seguir sonhando com o bicampeonato da Copa do Brasil. A vaga pode render aos cofres, pelo menos, mais R$ 33 milhões em premiação.
"A minha opinião sobre ele nunca oscilou. O Ganso, para mim, é um gênio. É um cara que faz coisas, e eu joguei e treinei muita gente talentosa. Ele faz coisas que ninguém faz", ressaltou Fernando Diniz logo na chegada ao clube.
Em Itaquera, o Corinthians defenderá um pequeno tabu contra o Fluminense: os alvinegros não perdem para o adversário como mandante desde 2019. Nos últimos dois encontros, são duas vitórias, uma delas com goleada por 5 x 0.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima