Vencer, vencer e vencer. O trecho do hino rubro-negro representa muito bem o espírito do atual Flamengo sob 95 dias de trabalho do técnico Dorival Júnior. A revolução do comandante ganhou um segundo ato, na quarta-feira (14/9), no Maracanã, após a vitória por 1 x 0 sobre o São Paulo, na volta da semifinal da Copa do Brasil.
A goleada por 4 x 1 no placar agregado garantiu a trupe da Gávea na segunda final em duas semanas. A outra é a da Libertadores. Agora, o Rubro-Negro aguarda a definição do adversário na briga pelo troféu, que sairá do confronto entre Corinthians e Fluminense.
A missão são-paulina era notoriamente complicada. Mesmo assim, Rogério Ceni levou a campo uma equipe ofensiva e disposta a surpreender. A escalação de Luciano e Calleri como referências reforçou a gana tricolor para reverter o cenário. A marcação alta atrapalhou a saída de bola rubro-negra e até deu esperança ao torcedor nos minutos iniciais. Essa pressão quase foi recompensada em chegadas de Patrick e Igor Vinícius. Ambos esbarraram na falta de capricho e pontaria.
Mas, não demorou muito para que a vontade são-paulina logo desse lugar à qualidade e à superioridade flamenguista. Empurrando cada vez mais os visitantes para o campo de defesa, o Flamengo começou a gostar do jogo e recorrer às armas ofensivas. Pedro até chegou a balançar as redes, mas a posição de impedimento manteve tudo zerado.
A jogada do camisa 21 não valeu, porém, serviu para mostrar os caminhos. Éverton Ribeiro dominou na entrada da área e passou para Arrascaeta dar um toque sutil rumo ao fundo da meta de Jandrei. Um banho de água fria no adversário.
A etapa final seguiu o enredo de um Flamengo dominante e um São Paulo que tentava aproveitar os contra-ataques. No entanto, os esforços dos dois times não foram suficientes para atualizar o marcador do palco carioca.
A classificação à decisão renderá mais alguns milhões aos cofres rubro-negros. Na pior das hipóteses, R$ 25 milhões já estão garantidos, em caso de vice-campeonato. O triunfo, além do quarto troféu da Copa do Brasil, pode significar uma premiação recheada de R$ 60 milhões.
A fase flamenguista é tão boa que a equipe já cumpriu as metas esportivas estipuladas no início do ano, abocanhando R$ 58,14 milhões pelos sucessos na Libertadores, Copa do Brasil, além da presença na Supercopa do Brasil. Com grandes chances de fazer uma dobradinha com os títulos da América do Sul e do mata-mata nacional, o rubro-negro pode, ainda, assegurar mais R$ 142,54 milhões em premiações.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima