O Brasil está entre as quatro melhores seleções da AmeriCup pela primeira vez em 11 anos. Invicta no torneio disputado no ginásio Geraldão, em Recife, a Seleção de Gustavo De Conti venceu pela quarta vez nesta quinta-feira na competição. A vítima nas quartas de final é a República Dominicana, por 80 x 68. O resultado leva o Brasil de volta às semifinais. Isso não acontecia desde a edição de 2011, na Argentina, quando amargou o vice diante da anfitriã. O Brasil não havia alcançado essa fase nas edições de 2013, 2015 e 2017. O adversário deste sábado, às 20h10, por um lugar na final, será o Canadá, que venceu o México por 82 x 77. O vencedor terá pela frente Estados Unidos ou Argentina.
O jogo desta quinta-feira foi acirrado e a Seleção melhorou na volta do intervalo. Os destaques foram o armador Marcelinho Huertas, com 15 pontos;o ala Leo Meindl (14) e o também aarmador Yago, com 11. Do lado da República Dominicana, Feliz e Rodriguez tiveram 14, cada um.
"A gente fez uma defesa forte, nós estávamos esperando o nosso momento e ele chegou", avaliou o ala-armador Georginho depois da partida em entrevista ao SporTV.
Na avaliação de Léo Meindl, o rendimento máximo não foi alcançado. "É muito difícil manter a constância, principalmente numa Seleção em que cada um joga em time diferente. Deixamos o coração falar mais alto e vamos ter mais vontade nos próximos jogos”, promete.
O pivô Cristiano Felício também considerou o duelo com a República Dominicana difícil. “Foi uma partida dura, sabíamos que eles jogam muito no garrafão. No segundo tempo, a gente começou a entender o que fazer. Depois disso, os melhores jogadores deles foram expulsos e a gente conseguiu fazer o que tínhamos que sei feito", analisou o MVP da partida.
Virada rápida
O Brasil começou bem, focando nas bolas de três e apresentando um jogo rápido. A República Dominicana pediu tempo técnico, voltou com um rendimento melhor, passou a desarmar a Seleção e ficou dois pontos à frente: 20 x 18. No segundo quarto, Feliz e Delgado fizeram uma dupla e abriram o placar em oito pontos. Na Seleção, Huertas e Meindl diminuíram a diferença para quatro faltando dois minutos para o encerramento do período. No final, o dominicano Feliz e o brasileiro Yago se estranharam e o quarto acabou mais cedo com vitória parcial do Brasil por 37 x 34.
O ala-pivô Cristiano Felício brilhou no segundo tempo. Ele iniciou o terceiro quarto com a primeira cesta. Em seguida, fez uma linda ponte área. Porém, os dominicanos exibiam um jogo mais coeso e coletivo.
Como esperado, os rebotes do Brasil não se traduziam em pontos. A temperatura do jogo foi subindo e o dominicano Delgado discutiu com o juiz. O desfecho foi a expulsão do jogador. Além dele, Feliz - a estrela da partida - foi eliminado por reclamar. Daí em diante, o time visitante se desestabilizou. Sem os líderes, as finalizações eram incompletas e bateu o nervosismo. Mesmo assim, o terceiro quarto terminou 55 x 55.
O último quarto foi frenético e marcado pelo suspense. O Brasil abria vantagem e a República igualava. Os anfitriões fizeram um ótimo trabalho ofensivo e conseguiram confundir a marcação adversária. Com um jogo brigado no garrafão, Felício soube explorar os espaços. Pontuou e sofreu faltas que renderam lances livres. No fim, o Brasil abriu no placar, venceu por 80 x 68 e e está nas semifinais.