O Brasil conheceu a primeira derrota no Mundial de Vôlei Feminino na Holanda e na Polônia. A seleção japonesa foi a autora de uma vitória maiúscula por 3 x 1 no Ginásio de Arnhem, nos Países Baixos, com parciais de 25 x 22, 25 x 19, 25 x 17 (para as brasileiras) e 25 x 20. O resultado tira o combinado nacional da ponta do Grupo 4 da competição, posto pertencente de forma isolada à China, próxima adversária no torneio.
1º set: adversárias não temem a seleção brasileira
As japonesas começaram bem no primeiro set, chegando a abrir 3 x 0 de cara, obrigando as brasileiras a usar da força na hora de colocar a bola na quadra adversária. No ponto de igualdade no placar, em seis tentos, as orientais mostraram jogo interessante em um rally que terminou com pontuação de Pri Daroit. Os tentos seguintes mostraram a forma equilibrada do jogo, sem maiores vantagens por se abrir, exceto quando o Brasil teve um 14 x 10 a favor.
Mantendo a diferença até a metade do set, José Roberto Guimarães pediu tempo quando as japonesas empataram em 17 pontos, tendo de repetir o pedido ao passo que o Brasil ficou atrás no placar: 19 x 18. A virada asiática se consolidou na parte final do set, variando entre um e dois tentos de vantagem, até a maior abertura desde o começo da partição: 23 x 20.
O novo tempo técnico solicitado por José Roberto não surtiu efeito ao tentar fazer com que suas jogadoras segurassem a derrota parcial neste set. No fim, 25 x 22 para o Japão, com destaque para Arisa Inoue, ponteira nipônica que anotou seis pontos.
2º set: Japão preza por simplicidade, jogando no erro do Brasil
O começo do segundo set mostrou uma igualdade que seguia no jogo, irritando o técnico brasileiro. O primeiro tempo técnico foi solicitado depois de Pri Daroit falhar em uma recepção de saque que veio a 68 km/h, no ponto em que o Japão abriu 6 x 3. A ponteira falhou novamente em um saque dois tentos depois. Apelando mais para a inteligência de quadra do que para a força, necessariamente, a seleção oriental seguiu dominando a parte inicial do segundo tempo de jogo.
Ao desenrolar do set, a defesa seguiu complicando-se em meio ao simples e sólido jogo das japonesas, sem conseguir desfazer sua vantagem. Os pontos brasileiros, sem exceção, eram conquistados à força, sempre atacando o meio da quadra adversária. Os erros no ataque começaram a aparecer na defesa e José Roberto Guimarães parou o jogo outra vez quando o Japão vencia por 17 x 12.
A diferença na vantagem oriental chegou a oito pontos quando o placar marcava 21 x 13. Uma reação brasileira foi ensaiada no final do set, com a distância no marcador caindo a cinco tentos, no momento de liderança por 23 x 18, o que fez o técnico japonês Masayoshi Manabe solicitar tempo técnico, mas nada que impedisse a vitória parcial do Japão por 2 x 0, com 25 x 19 no final.
3º set: Brasil parecia voltar ao jogo
O Brasil voltou melhor ao terceiro set, abrindo três pontos de vantagem (7 x 4), sem que as japonesas baixassem a guarda. O jogo seguia com superioridade brasileira: inspiradas pelo vigor de Carol Gattaz, a metade do terceiro tempo parecia controlada, variando entre três e quatro tentos de diferença favoráveis no marcador.
Além da número 2, Lorena, Tainara e Gabi deram suporte para ampliar a vantagem do selecionado nacional. Quando o jogo estava em 17 x 11, o treinador japonês pediu tempo. A fluidez das brasileiras trouxe um grande domínio que guiava a parte final do set, com vantagem ampliada a oito pontos em mais de uma oportunidade. O desconto do Brasil no marcador veio com a parcial de 25 x 17.
4º set: Japão, um osso duro de roer
A melhor forma da seleção brasileira vinha já no começo do set, com um 4 x 0 de cara em meio a um grande esforço japonês, fazendo um tempo técnico ser solicitado logo de cara. Três dos primeiros cinco pontos brasileiros foram marcados por Pri Daroit, marca da recuperação brasileira que queria o empate. As japonesas não conseguiam acompanhar o ritmo imposto pelo time nacional, com outro time concedido com 8 x 2 no placar.
O individualismo das craques brasileiras agora sobressaia ao jogo coletivo das nipônicas, com Carol Gattaz somando-se à festa. As japonesas, pouco a pouco e sem pressa, recuperaram-se no placar, diminuindo a vantagem do Brasil a dois pontos, quando do 13 x 11. A partir de então, em parcial rápida de 5 x 1 para as nipônicas, a seleção nacional voltava a perder por 16 x 14. José Roberto Guimarães solicitou tempo técnico.
As orientais seguiram ampliando a remontada e as brasileiras só voltaram a pontuar depois de dois tentos disputados após o timeout. A desvantagem era de apenas três unidades (com o 18 x 15), mas o momento não era nada bom. A igualdade voltou com o ritmo de Rosamaria presente em quadra, substituindo Pri Daroit no momento-chave do jogo.
O ímpeto das nipônicas, ingrediente da equipe desde o começo do jogo, se fez sobressair a partir do empate a 19 tentos. Foram cinco pontos seguidos, com direito a mais uma resistência de match point, para um final em 25 x 20. A seleção brasileira conheceu a primeira derrota neste Mundial, para a grande festa das japonesas na quadra de Arnhem. A camisa 10 japonesa, Inoue, foi a figura da partida com 27 pontos.
A seleção encerra sua participação na fase de grupos do Mundial neste sábado (1º/10), quando enfrenta a China no mesmo ginásio holandês a partir das 9h. As asiáticas venceram a República Tcheca por três sets a zero (parciais de 25 x 19, 25 x 22 e 27 x 25), e se tornaram as líderes isoladas do Grupo 4, estando com a classificação já garantida para a etapa seguinte.
* Estagiário sob supervisão de Vinicius Nader
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