Os acessos de Real Brasília e Samambaia à primeira divisão definiram as equipes que vão disputar o Candangão 2023. Para esta edição, 10 times do Distrito Federal passarão a disputar, além do título, vagas em competições nacionais para a temporada 2024, com pelo menos dois postos garantidos para a federação local.
Os dois promovidos vieram do mesmo grupo da competição e seguem invictos após superarem os rivais da semifinal com vitória nos dois jogos. No encontro entre ambos, pela terceira rodada do Grupo B, no Estádio Abadião, com mando do Samambaia, o jogo terminou em 0 x 0. A finalíssima da Segundinha será realizada em jogo único neste sábado (17/9), a partir das 15h30, no Estádio Ciro Machado, o Defelê, na Vila Planalto.
Com os rebaixamentos de Unaí e Luziânia em 2022, a edição do ano que vem da competição contará com equipes exclusivamente do Distrito Federal pela primeira vez desde 2001. Neste meio tempo de 22 anos, pelo menos uma equipe de Goiás ou Minas Gerais participou do campeonato distrital. Confira, a seguir, cada um dos participantes do Campeonato Candango de Futebol 2023.
Brasília
O tradicional time do futebol candango, com oito títulos locais, teve passagem recente na segunda divisão (em 2021) e está na elite. É bem verdade que o Colorado, maior participante do Distrito Federal na Série A do Campeonato Brasileiro na história e terceiro maior campeão estadual, não vive seus melhores dias: na edição de retorno à primeira, flertou com o rebaixamento mas salvou-se na penúltima rodada, ficando longe em quatro pontos da zona do quadrangular semifinal.
Brasiliense
É o atual bicampeão do Distrito Federal. Passou por um ano de altos e baixos em um curto espaço de tempo nesta temporada, de ser campeão local e chegar à terceira fase da Copa do Brasil a ser eliminado precocemente na Série D do Campeonato Brasileiro, com direito a cenas bárbaras, frente ao Nova Venécia, do Espírito Santo. Com vários jogadores do elenco atual emprestado, resta ao clube a disputa da Copa Verde, a ser iniciada em outubro. Introduzido nas oitavas de final, o adversário do campeão candango será o Luverdense, de Mato Grosso.
Capital
Desde seu último acesso à elite, em 2018, o Capital vem em franca evolução: de 2019 até hoje, nunca foi eliminado na fase inicial da competição. Na edição passada, foi o terceiro colocado e era o primeiro time na fila de vagas para a Série D e para a Copa do Brasil, caso o DF tivesse equipes promovidas à Série C nacional, o que não aconteceu. Foi uma grata surpresa em 2022 e é uma equipe para ficar de olho no ano que vem.
Ceilândia
O Gato Preto viveu fortes emoções nesta temporada, passando por episódios históricos e decepções em um ano que acabou cedo para um time que prometia mais. Foi mais uma vez vice-campeão local contra o Brasiliense e chegou de forma emocionante à terceira fase da Copa do Brasil: eliminando o Londrina (postulante ao acesso para a Série A do Brasileiro, atualmente) e o Avaí em plena Ressacada (coisa que Palmeiras e Flamengo não conseguiram este ano). Na Série D, o ritmo decaiu e alguns jogadores importantes foram saindo, com a equipe sendo eliminada na rodada final da fase de grupos.
Gama
O time gamense passou por poucas e boas em 2022. Classificou-se para o quadrangular de semifinais para não somar um ponto sequer e fechar o ano justamente desta forma. Desde então, o problema no Periquito foi um plano que não correu muito bem e causou uma questão judicial que segue rondando o clube: a SAF registrada não vingou pois o patrocinador simplesmente sumiu. A diretoria de então caiu e a nova gestão registrou novamente a Sociedade Esportiva, ao passo que a Sociedade Anônima de Futebol segue, existindo, hoje, dois “Gamas”. Ao torcedor alviverde, não resta muito mais que torcer, além do próprio time, por dias melhores.
Paranoá
O Sucuri era um dos postulantes a uma das quatro vagas do quadrangular semifinal do Candangão 2022, mas deixou a disputa com três derrotas e dois empates nas cinco rodadas finais. Na campanha, que teve como saldo a permanência, ficou como ponto alto as três vitórias seguidas entre a segunda e a quarta partidas, incluindo uma goleada de 4 x 0 sobre o Gama em pleno Bezerrão.
Real Brasília
Há quem diga que o rebaixamento para a Segundinha em 2021 foi um mero acidente de percurso. O Real (antigo Dom Pedro), que era visto como interessante equipe que manda seus jogos na Vila Planalto, foi implacável no acesso e, até então, segue invicto, tentando manter a escrita sobre o Samambaia, vice-líder de sua chave.
Samambaia
Você já viu uma cobra-cipó se transformar em um cachorro-salsicha? Isto aconteceu ao Samambaia, que antes era apelidado com o nome do réptil, adotando um cão desta raça em seu escudo atual. Fora isto, a diferença no acesso à primeira esteve nos jogadores emprestados pelo Brasiliense, com um total de oito titulares no jogo do acesso, por exemplo. Desde os empréstimos, o time teve 86% de aproveitamento em seus jogos. A volta à elite foi um bate-volta, após o título da Segundinha de 2020. O “salsichão”, finalista deste ano, tentará o tricampeonato.
Santa Maria
Por pouco as águas não tiraram a quarta vaga do quadrangular semifinal do Gama, ficando com uma diferença de três pontos do time vizinho da região sul do DF. Também qualificado como grata surpresa, o Santa Maria terá boa concorrência para mostrar-se competente e ganhar espaço no futebol local a partir de 2023.
Taguatinga
O TEC, assim como o Capital, integra a elite desde 2019. O regresso significou a volta de um dos mais tradicionais times do Distrito Federal à sua divisão principal, uma vez que os azulinos são pentacampeões candangos, atrás apenas do trio Gama, Brasiliense e Brasília, nessa ordem. Em 2022, a equipe se salvou do rebaixamento na última rodada, com um ponto de diferença para o Unaí, que perdeu contra o Gama. Pelo nível do Candangão 2023, a permanência na categoria seguirá sendo tarefa difícil.
* Estagiário sob supervisão de Vinicius Nader
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