Mesmo largando na frente, a Ferrari não conseguiu vencer em Monza: Max Verstappen trabalhou na estratégia para vencer o pole position Charles Leclerc, no Grande Prêmio da Itália, realizado na tarde europeia deste domingo (11/9). O holandês da Red Bull pode vencer matematicamente na próxima etapa, após ganhar em final decepcionante.
Na largada, Charles Leclerc e George Russell disputaram a primeira curva, com o monegasco mantendo a ponta conquistada na classificação de sábado (10/9). Quem teve um grande início de corrida foi o líder do campeonato Max Verstappen, fechando a posição de pódio já na abertura da segunda volta, uma vez que largou em sétimo. No quinto giro, o holandês tratou de ultrapassar o inglês pela segunda posição, para ir à caça do líder, seu principal rival na luta pelo título da temporada.
Ferrari e Red Bull mantinham ritmo tão interessante que seus segundos pilotos, largando do fundo do grid, escalavam toda a grelha: ainda que com dificuldade, Sergio Pérez ganhou uma posição em sete voltas, largando de 14º, ao passo que Carlos Sainz era décimo, depois de ter saído em 18º. O mexicano logo foi aos boxes, no oitavo giro, porém tinha fogo em sua pastilha de freio na roda dianteira-direita.
Na décima volta, em briga de espanhóis, Sainz ganhou a sétima posição de Fernando Alonso na Variante dello Rettifilo, em ritmo alucinante. Nos dois giros seguintes, o ferrarista ultrapassou Lando Norris e Pierre Gasly. Quando pensava em atacar Daniel Ricciardo pelo quarto lugar, houve um safety car virtual pelo abandono de Sebastian Vettel, que perdeu o motor.
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Leclerc foi chamado com o código “Plano E” para mudar de pneus macios para médios, sendo o único a realizar pitstop de forma antecipada. Voltas depois, lhe foi dito “Plano C” com consentimento do ferrarista. Logo com bandeira verde, os carros da Ferrari eram terceiro e quarto, após a passagem de Sainz em Ricciardo. O monegasco anotou 1:25.257 como a volta mais rápida: sua 16ª na pista, renovando-a dois giros depois, um décimo melhor.
A maioria dos pilotos pararam antes da 20ª volta, ao passo que os líderes Verstappen e Russell, ainda de pneus macios, alongaram o stint. O inglês parou no 24º giro para pneus duros, sinalizando uma única parada, algo que poderia ser seguido pelo ponteiro da prova. No entanto, o holandês parou para médios: Leclerc voltou à ponta com dez segundos de vantagem e o terceiro colocado Sainz (ainda por parar) esteve sete segundos atrás do carro da Red Bull.
Com metade da corrida percorrida, a Red Bull não se mostrava dominante como nas corridas anteriores que abriram a segunda parte do campeonato, com a Ferrari imprensando Verstappen. A Mercedes se estabeleceu como terceira força: Russell mantinha a quarta posição e Lewis Hamilton fazia grande prova de recuperação, saindo de 19º para sexto.
O holandês, porém, anotou 1:24.798 na 31ª volta e era claramente o mais rápido da pista: Carlos Sainz saltou para os boxes, sendo o único dos líderes de pneu macio neste instante, voltando à pista em oitavo. Ele herdou a sétima posição de Fernando Alonso, que abandonou a corrida com problemas no carro.
Em briga Ferrari-Red Bull, no 33º de 53 giros, Pérez não ofereceu resistência para Sainz, de macios novos: sob esse conceito, a equipe italiana chamou Leclerc para também utilizar este composto, voltando à pista com 20 segundos para tirar de Verstappen. Tratando de estratégias, o último a parar pela primeira vez foi Lando Norris, que resistiu 35 voltas de composto médio. O inglês da McLaren voltou em nono lugar.
A 15 voltas do fim, quatro equipes figuravam nas oito primeiras posições: Red Bull em primeiro e quinto, Ferrari em segundo e quarto, Mercedes em terceiro e sexto e McLaren em sétimo e oitavo. Quem não teve um dia bom foi a Aston Martin, que também viu Lance Stroll abandonar a prova no 41º giro.
Com menos de dez voltas do fim, Verstappen manteve excelente forma com pneus gastos, sendo que Leclerc tirou apenas três segundos de sua vantagem desde que parou para macios novos. No meio do grid, a surpresa positiva foi a boa estreia de Nyck de Vries, substituto do adoentado Alexander Albon, que se manteve entre os dez.
A trama do final da prova foi o abandono de Daniel Ricciardo, com seu motor cortado no meio da pista, a cinco voltas do fim: Russell e Sainz pararam de imediato para novos pneus macios, quando convocado o safety car à pista. Tanto Verstappen quanto Leclerc seguiram o plano na abertura do 49º giro.
Pela eletricidade do carro parado da McLaren, não seria fácil a remoção, com este sendo retirado apenas na antepenúltima volta. Os retardatários tiraram as voltas de desvantagem, por ordem da direção de prova. Entretanto, Valtteri Bottas e Yuki Tsunoda ficaram entre Verstappen e Leclerc: era impossível formar o grid até o fim da prova, que fechou com safety car na pista. O vencedor da prova foi vaiado pela torcida na bandeirada e nas entrevistas após a corrida.
A Fórmula 1 terá um breve recesso de três semanas até a próxima etapa do campeonato, a ser disputada no circuito de Marina Bay, em Cingapura, dos dias 30 de setembro a dois de novembro. Verstappen pode ser campeão mundial pela segunda vez, com cinco etapas de antecedência, caso vença a prova, com Leclerc fechando abaixo do nono lugar: a distância na liderança do campeonato saltou para 116 pontos (335 contra 219).
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Confira o resultado completo da corrida:
1 - Max Verstappen (Red Bull)
2 - Charles Leclerc (Ferrari) + 2.446
3 - George Russell (Mercedes) + 3.405
4 - Carlos Sainz (Ferrari) + 5.061
5 - Lewis Hamilton (Mercedes) + 5.380
6 - Sergio Pérez (Red Bull) + 6.091
7 - Lando Norris (McLaren) + 6.207
8 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) + 6.396
9 - Nyck de Vries (Williams) + 7.112
10 - Guanyu Zhou (Alfa Romeo) + 7.910
11 - Esteban Ocon (Alpine) + 8.323
12 - Mick Schumacher (Haas) + 8.549
13 - Valtteri Bottas (Alfa Romeo) + 1 volta
14 - Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) + 1 volta
15 - Nicholas Latifi (Williams) + 1 volta
16 - Kevin Magnussen (Haas) + 1 volta
(Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Lance Stroll e Daniel Ricciardo não completaram a prova)
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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