O último leilão beneficente com as antigas cadeiras do Pacaembu terá modelos autografados pelo Rei do Futebol. Pelé assinou as peças que estão expostas na Tok&Stok. Pepe, Marcos, Raí, Casagrande, Formiga, Zetti, Caio e Elano também deixaram seus autógrafos nos itens. Todos eles tiveram momentos de glórias no estádio Paulo Machado de Carvalho, que agora é gerido pela empreso consórcio Allegra.
As peças, tratadas pela empresa de móveis para casa como "cadeiras originais, peça de colecionador e design memorável", estão expostas na loja da marca, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Os lances ficarão disponíveis no dia 5 de setembro, segunda-feira, a partir das 16h30, e começam em R$ 4 mil a unidade.
Os modelos expostos são em laranja e amarelo, cores que na época distinguiam o valor dos ingressos a ser cobrado nesses setores do estádio. O laranja tinha cadeiras cobertas e descobertas. Muitas delas foram trocadas ao longo dos anos por destruição dos próprios torcedores quando seus times perdiam a partida. O Pacaembu era usado por todos os times de São Paulo, mas tinha o Corinthians como seu principal mandante.
Uma live do leiloeiro Roberto de Magalhães Gouvêa encerrará a campanha das cadeiras. A marca assegura que 100% do dinheiro obtido será doado para as Fundações Pelé e Gol de Letra, organizações sem fins lucrativos, que contribuem com a educação de crianças e jovens de comunidades socialmente vulneráveis. A Gol de Letra é liderada por Raí.
No site e aplicativo da Tok&Stok ainda está disponível o último lote das cadeiras não autografadas. São pouco menos de 100 peças numeradas em dois modelos, com preços que variam entre R$1.499 a R$1.799.
Segundo a empresa, a campanha tem como objetivo "dar um novo propósito e reutilizar as peças e materiais que seriam descartados com as obras no estádio do Pacaembu, mantendo ou até mesmo elevando a qualidade do produto original". Por esta razão, as cadeiras são exclusivas e únicas.
Entre críticas e elogios, a venda das cadeiras do estádio conseguiu alcançar o objetivo e não viu rejeição entre os compradores. A loja de móveis não informou quantas unidades foram vendidas na pré-venda nem no comércio físico.
A Allegra Pacaembu assumiu o complexo do Pacaembu em 2020. A concessionária pagou R$ 111 milhões pelo direito de gerir o local por 35 anos. Além do pagamento das outorgas fixa e variável, a concessionária está investindo cerca de R$ 400 milhões na recuperação e modernização do complexo e na construção de novo edifício, no lugar do antigo tobogã, já demolido, e planeja arrecadar R$ 100 milhões anualmente com o novo centro de esportes, entretenimento e cultura a partir do terceiro ano de uso.
O novo Pacaembu ganhará espaço permanente para eventos, além de um novo edifício com um hotel de luxo. A previsão é de que o estádio seja reaberto em novembro de 2023.
Embora reconheça que o perfil do público que passará a frequentar o espaço mudará, o CEO da concessionária, Eduardo Barella, entende que o novo Pacaembu não será elitizado, mas democratizado, com a nova lógica de utilização da estrutura, não mais restrita aos jogos de futebol e aberta a receber eventos culturais, como shows e mostras de arte.